Acompanhar o público-alvo na internet é cada vez mais importante para o crescimento do negócio. Lojas eletrônicas, atuação nas redes sociais e marketing digital são algumas das opções para conhecer melhor o cliente e até conquistar outros novos.
Entretanto, é preciso estar atento às diferenças entre esses públicos e trabalhá-los de forma separada, já que a leitura das estratégias é vista de forma diferente ente eles.
"Independentemente do setor em que ela atue, a gente costuma dizer que não é mais opção da empresa estar ou não presente na internet. Ela vai estar lá de qualquer maneira. As pessoas vão falar dela, bem ou mal. A vantagem de monitorar esse comportamento é que você pode se defender e até aproveitar isso para conquistar consumidores", diz o especialista em e-commerce e diretor da agência Sanders Estratégia Digital, Raphael Ferrari.
Públicos distintos
Segundo um estudo global da TNS Brasil, a geração Millenials (com idade entre 16 e 30 anos) costuma gastar aproximadamente 3,2 horas por dia acessando a rede mundial através de seus smartphones. O tempo é equivalente a cerca de um dia inteiro por semana ou 49 dias por ano conectado.
"Essa geração mais jovem já nasce com a presença da internet no seu cotidiano, muito maior que das pessoas um pouco mais velhas. As empresas precisam estar atentas a isso para não focarem muito em um e esquecer do outro", complementa Ferrari. Para ele, a comunicação digital é uma grande aliada das companhias nos dias atuais, mas é preciso que elas saibam aproveitar essa oportunidade.
"Elas têm de se ater ao conteúdo de suas páginas, porque para 32% das pessoas que procuram a página de uma empresa na internet, esse é o fator relevante, perdendo apenas para o preço dos produtos, que é o fator mais importante para 38% dos internautas", explica.
As empresas que possuem loja eletrônica, por exemplo, podem levar com mais facilidade esse relacionamento com os clientes, na opinião do especialista, já que elas possuem uma ferramenta que oferece um feedback automático, que é o nível de suas vendas.
"Um dos grandes segredos e possível alternativa é você clusterizar - trabalhar de maneira diferente - os tipos de público que você tem. Pode-se criar grupos em frentes diferentes, por exemplo, para entender quem você precisa alcançar. A partir daí, o empresário sabe onde o seu público está, atua e elabora as estratégias possíveis", conta.
Investimento
Apesar do custo elevado, uma campanha de marketing digital pode ser mais barata que uma publicidade em tevê ou outros meios de comunicação.
"Eu diria que parte de R$ 10 mil. Vai depender do nicho que a empresa atende, mas é mais ou menos esse valor para começar", indica Ferrari.
Entra as opções com o gasto estão marketing digital, anúncios e o SEO (Search Engine Optimization), que ajuda a empresa a aparecer em buscas de consumidores na internet.
"A ideia para as pequenas empresas é a opção de anunciar em um portal menor, por exemplo. Sabemos que as gigantes da internet, como Facebook e Google, cobram caro por esse serviço. E olha que muitas vezes não é a estratégia ideal. Varia de caso a caso".
Marketing de influência
Já na opinião do sócio-diretor da IWM Agency, agência especializada em influencers marketing, Felipe Iacocca, vale também o investimento no boca a boca como forma de suprir uma relação com novos e velhos consumidores.
O marketing de influência é citado, neste caso, como imprescindível nos dias atuais.
"Cada vez mais para uma grande marca, produto ou um varejista conseguir fazer com que sua mensagem chegue ao público alvo, é preciso investir no boca a boca, além de trabalhar no que o público diz de você. Faça de seus clientes verdadeiros embaixadores e influenciadores de sua marca, e isso, goste-se ou não, se dá praticamente em todas as plataformas de comunicação, especialmente na digital", diz.
Veículo: Jornal DCI