A confiança do setor de serviços subiu 1,2 ponto em maio ante abril, já descontados os efeitos sazonais, informou ontem a Fundação Getulio Vargas (FGV). Com o resultado, o índice atingiu 70,5 pontos, o maior nível desde julho do ano passado. Foi o terceiro mês seguido de avanço na confiança da atividade.
Ao todo, oito dos 13 segmentos investigados registraram aumento na confiança, no período. A melhora foi puxada pelas avaliações sobre o futuro, uma vez que a percepção sobre a situação atual continuou piorando.
O Índice de Expectativas (IE) subiu 3,0 pontos em maio ante abril, para 75,0 pontos, o maior nível desde maio de 2015. Já o Índice de Situação Atual (ISA) caiu 0,7 ponto, para 66,5 pontos, ponto mínimo na série iniciada em junho de 2008.
“Entretanto, essa reação está até aqui alimentada apenas pelas expectativas, não tendo sido observados sinais de alteração no quadro desfavorável quando das avaliações das empresas sobre as condições presentes do setor”, pondera o economista Silvio Sales, consultor da FGV e coordenador da Sondagem. “A sustentabilidade da reação até aqui discreta do ICS depende, daqui por diante, de que a melhora das expectativas chegue ao cotidiano da atividade das empresas”, acrescentou.
Por um lado, a melhora das expectativas parece começar a afetar positivamente os planos das empresas em relação ao emprego, cujo indicador subiu após registrar um mínimo histórico em abril, apontou a instituição. Por outro, a avaliação sobre o volume de demanda atual caiu 2,0 pontos na passagem do mês, mostrando que a situação ainda é difícil no momento presente.
Pela ótica das expectativas, o volume de demanda prevista melhorou 2,5 pontos em maio ante abril, enquanto o indicador de tendência para os negócios nos próximos seis meses avançou 3,6 pontos.
Veículo: Jornal Diário do Comércio - MG