O Laticínio Porto Alegre, que tem unidades em Ponte Nova (Zona da Mata) e Mutum (Rio Doce), estuda a possibilidade de incrementar a produção em 20% neste exercício utilizando a planta da Cotochés, desativada no início do ano em Rio Casca, também na Zona da Mata. Segundo o sócio-proprietário do laticínio, João Lúcio Barreto Carneiro, no período de crise muitas empresas conseguem se manter com crescimento e incremento dos negócios.
De acordo com Carneiro, apesar dos efeitos da crise financeira na economia como um todo, a direção da empresa acredita que o setor de alimentos será menos atingido pelas turbulências. "Toda crise gera cenários diferentes para as empresas, sendo que umas ficam melhores posicionadas e outras não tão bem no mercado. O laticínio no ano anterior conseguiu crescer 35% e neste ano esperamos algo em torno de 20%", projetou.
Segundo o empresário, em janeiro os negócios se mantiveram estáveis e em fevereiro houve uma redução de 30% nas vendas. Mas, em março, as vendas voltaram a reaquecer e registrar bons níveis, salientou. "Em maio do ano anterior inauguramos uma torre de secagem de leite e soro na unidade de Mutum. Afinal, temos que investir no negócio", ponderou.
Porém, de acordo com Carneiro, os novos investimentos e ampliações estão em fase de estudo mais criterioso por causa da crise. No ano anterior, a empresa incrementou a produção a índices próximos a 35%. Para este exercício, a estimativa do Laticínio Porto Alegre é de expansão em torno de 20%, bem ajustado à demanda do mercado, explicou.
Diferencial - A Porto Alegre produz em Ponte Nova uma média de mil toneladas de produtos por mês, entre queijos, requeijão e manteiga. Além desse montante, na unidade de Mutum são processados cerca de 500 toneladas de soro em pó mensalmente. Segundo Carneiro, o diferencial da empresa é o acompanhamento ágil do mercado. "Somos dinâmicos e conseguimos ganhar mercado, o que é fundamental para este tipo de negócio", salientou.
Segundo o empresário, mesmo diante da crise a empresa não demitiu funcionários. Pelo contrário, foram realizadas contratações e o quadro em 2009 deverá ser superior ao registrado no ano anterior. "Os colaboradores ajudam a manter a produção constante dos 20 itens do mix, sendo que o requeijão ainda é o principal produto da Porto Alegre, respondendo por algo em torno de 25% dos negócios da empresa", destacou Carneiro.
Veículo: Diário do Comércio - MG