Agas lança campanha sobre cesta da Capital

Leia em 2min 10s

A Associação Gaúcha de Supermercados (Agas) lança amanhã uma campanha para combater o estigma de que a cesta básica de Porto Alegre é a mais cara do País. Os anúncios da entidade irão mostrar que a lista de produtos e as quantidades calculadas mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) são maiores na Capital gaúcha, o que justifica o valor total ser mais elevado. "Nosso mercado é um dos mais competitivos do País e por isso não nos cabe o título de cesta básica mais cara", ressalta o presidente da Agas, Antônio Longo.

 

Um estudo desenvolvido pelo Departamento Econômico da Agas, que avaliou somente os números divulgados pelo Dieese, indica que em fevereiro os preços unitários dos produtos da cesta básica de Porto Alegre são em média 8,59% menores que os da capital paulista. "Isso significa dizer que se as quantidades utilizadas na análise da cesta de São Paulo fossem iguais às utilizadas em Porto Alegre, o valor do conjunto de itens básicos da capital paulista seria 8,59% mais caro do que o dos porto-alegrenses", explica Longo. Segundo o levantamento da entidade, oito dos 13 itens que compõem a cesta são mais baratos em Porto Alegre do que em São Paulo.

 

Para o dirigente, mais importante do que comparar o valor total da cesta básica, seria observar o reajuste aplicado mensalmente ao conjunto de produtos. "Como supermercadista, me preocuparia muito no mês em que Porto Alegre deixar a primeira posição, pois como tem mais produtos do que outras regiões, naturalmente tem que vender mais caro", afirma. Além disso, os dados da Agas apontam que se a pesquisa do Dieese utilizasse uma unidade de cada um dos 13 produtos apurados nas 16 capitais analisadas, Porto Alegre apareceria na sétima colocação entre as mais caras.

 

A pesquisa da Cesta Básica Nacional, realizada mensalmente pelo Dieese em 16 capitais, acompanha a evolução dos preços de 13 produtos de alimentação, assim como o gasto mensal que o trabalhador teria para comprá-los. Esta cesta seria suficiente para o sustento e bem-estar de um trabalhador em idade adulta, contendo quantidades balanceadas de proteínas, calorias, ferro, cálcio e fósforo. Os itens e as quantidades estipuladas são diferenciados por região, de acordo com as características dos hábitos alimentares. Além disso, a pesquisa utiliza as marcas mais mencionadas por proprietários de estabelecimentos comerciais, escolhidos em um levantamento com trabalhadores a respeito de seus locais de compras.

 

Veículo: Jornal do Comércio - RS


Veja também

Alimentos sobem e inflação pelo IPC-S em março sobe 0,67%

Preços dos produtos alimentícios têm alta de 1,25% em março, a maior variação d...

Veja mais
Longe da crise - Wal-Mart investirá R$ 1,6 bi

“O Brasil vai continuar crescendo, nós vamos continuar investindo e a crise econômica no mundo um dia...

Veja mais
Sony reduz preço do PlayStation 2

A Sony informou que reduzirá o preço de seu console de videogame mais antigo, o PlayStation 2, em 23%, par...

Veja mais
À espera do coelhinho

Considerada uma das principais datas do varejo, a Páscoa movimenta uma grande cadeia produtiva. Apesar da crise f...

Veja mais
Sepac projeta vendas 50% maiores neste ano

Com investimento de R$ 100 milhões, a ser concluído ainda no primeiro semestre de 2009, a paranaense Sepac...

Veja mais
Herbalife cresce no Brasil com produtos para as classes C e D

Depois de passar os dois últimos anos investindo em treinamento e no aperfeiçoamento dos negócios n...

Veja mais
"Velho" varejo de volta à ativa

Uma segunda onda de aquisições no setor supermercadista começa a ser prevista por especialistas de ...

Veja mais
Indústria do fumo quer revisão tributária

Na contramão das reduções do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e outros tributos promov...

Veja mais
Lucro do Ponto Frio desaba 64,2% em 08 e atinge R$ 32 milhões

O Ponto Frio, segunda maior rede varejista de móveis e eletrodomésticos do País, colocado à ...

Veja mais