O Ponto Frio, segunda maior rede varejista de móveis e eletrodomésticos do País, colocado à venda nesta semana por Lily Safra, acionista majoritária da companhia, reportou lucro líquido de R$ 32 milhões no resultado consolidado do ano, número que representa uma queda de 64,2% na comparação com 2007. Quando analisadas as cifras do quatro trimestre de 2008 em relação a 2007 o recuo foi ainda maior, atingindo 85,5%, totalizando R$ 11,2 milhões no período.
De acordo com a companhia, o ano passado foi marcado por mudanças importantes no modelo de gestão da Globex Utilidades S.A., holding que controla a varejista, e por investimentos que visam a dar crescimento e rentabilidade sustentáveis ao negócio. "A mudança mais significativa no modelo de operação da companhia se observou na gestão do crédito, com a decisão de abandonar os carnês como principal meio de pagamento das vendas financiadas."
O faturamento bruto apresentado pela rede carioca atingiu a ordem de R$ 4,8 bilhões, uma variação positiva de 6,8% quando comparada a 2007. Já em relação à margem bruta operada pela companhia houve ganho de três pontos percentuais ante 2007, alcançando 26,6%. No último trimestre, o Ponto Frio continuou seu processo de expansão com a abertura de 13 pontos-de-venda, atingindo 458, e área total de vendas acima de 337 mil metros quadrados.
Compradores
Analistas do mercado financeiro e especialistas em varejo especulam que a rede poderia ter suas operações compradas pelo Magazine Luiza, Grupo Pão de Açúcar, Lojas Americanas ou a mexicana Elektra, do bilionário Ricardo Salinas. Procuradas, as redes informaram que não se manifestariam a respeito do assunto no momento.
A Elektra, que completará um ano de atuação no País, possui mais de 30 lojas entre Bahia e Pernambuco e almeja chegar a 100 pontos até o final do ano. A varejista afirma que "em sua história sempre foi marcada por expansão orgânica, mas também não descartaria adquirir uma concorrente no mercado brasileiro."
Contratação
O Magazine Luiza afirmou ontem que contratou o executivo Marcelo Silva, ex-presidente da Pernambucanas para o cargo de CEO. Desta forma, a empresária Luiza Helena Trajano, que antes era responsável pela superintendência, agora ficará como presidente da companhia. Seu filho, Frederico Trajano, permanece como diretor de Vendas.
Veículo: DCI