Mamão e banana apresentaram queda de preços no mês de setembro. É o que aponta o 10º Boletim Prohort de Comercialização de Hortigranjeiros nas Ceasas em 2016, divulgado ontem pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
O preço do mamão, que em agosto teve alta generalizada, caiu em oito das nove centrais de abastecimento analisadas pela Conab. A cotação subiu apenas em Brasília, 2,31%. Nas outras cidades, o recuo chegou aos dois dígitos, com destaque para Vitória (ES), onde ficou 37,41% mais barato. A tendência de baixa é explicada pela maior oferta de mamão papaya, devido à queda nas exportações da fruta.
Com o aumento da oferta, a banana também registrou queda no preço em sete Ceasas. A maior redução foi em Recife (PE), de 19,96%. Dentre as altas verificadas para o produto, o aumento mais expressivo aconteceu em Curitiba (PR), 19,51%.
Ao contrário da banana, a laranja ficou mais cara em sete mercados. A baixa oferta no estado de São Paulo e uma demanda aquecida em diversas regiões estão entre as causas do aumento. A melancia apresentou alta de preços entre 0,44% (em Curitiba) e 27,59% (em Belo Horizonte), pois a demanda cresceu em relação à oferta devido à boa qualidade do produto. Já a alta qualidade da maçã não resultou em alta significativa de preços devido ao baixo consumo da fruta nesta época do ano. O aumento mais expressivo foi de 7,3%, no Rio de Janeiro.
Hortaliças – Batata e cenoura ficaram ainda mais baratas que no mês anterior. As principais reduções de preços para essas hortaliças foram de 33,34% para a batata, em Vitória, e de 20,18% para a cenoura, em Curitiba. A baixa se deve à grande oferta de produtos no mercado. Recife foi a única capital que registrou aumento no preço da cenoura: 18,23%.
Alface e cebola não tiveram movimentos uniformes nos mercados observados. Enquanto na Ceagesp, em São Paulo, a alface subiu 35,89%, em Curitiba os preços recuaram 20,46%. A cotação da cebola também caiu em Curitiba (11,23%), mas aumentou 16,86% em Fortaleza (CE).
O comportamento de preço do tomate pode ser considerado de alta. Recife apresentou o maior reajuste (37,54%), seguido de Curitiba (12,79) e Rio de Janeiro (8,63%). Em caminho contrário, Campinas (SP) e São Paulo registraram queda de 13,2% e 2,05%, respectivamente.
O levantamento é feito mensalmente pelo Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort) da Conab, a partir de informações fornecidas por grandes mercados atacadistas no País. Para a análise do comportamento dos preços de setembro, foram considerados os principais entrepostos dos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Paraná, Ceará, Pernambuco e Distrito Federal.
Fonte: Jornal Diário do Comércio de Minas