Pesquisa do Centro de Estudos do Clube dos Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDL-Rio) mostra que nem todo mundo quer ganhar ovo de chocolate nesta Páscoa. Algumas pessoas estão preferindo roupas, calçados, celulares e CDs, e as crianças, brinquedos.
O presidente do CDL-Rio, Aldo Gonçalves, explicou que o comércio está apostando na Páscoa para aumentar as vendas. "É uma data que remete infância e tem forte carga de romantismo. Então, nós estamos estimulando a venda de brinquedos, bichos de pelúcia, CDs e roupas infantis", afirmou.
Segundo Gonçalves, a data não é só voltada para as crianças, mas também para os casais de namorados. Ele acredita que a Páscoa, que marca o fim da Quaresma e a ressurreição de Cristo, está se tornando um segundo Dia dos Namorados.
A pesquisa do Clube dos Diretores Lojistas mostra ainda que é esperado nesse período um crescimento de 7% nas vendas do comércio, incluindo outros produtos que não são típicos da Páscoa.
O chocolate, no entanto, não perdeu o seu lugar entre mais vendidos nesta época. O Brasil está em segundo lugar no ranking mundial de produção de ovos, ficando atrás apenas da Inglaterra, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Chocolates Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab).
De acordo com o presidente da Abicab, Getúlio Ursulino Neto, mesmo em meio crise econômica mundial, o setor de chocolates está otimista. A produção teve aumento de 5% em relação a 2008, somando cerca de 24 mil toneladas de ovos.
Os preços devem ficar 8% mais caros se comparados ao ano passado. Na opinião de Ursulino Neto, eles estão em uma faixa que o consumidor pode pagar. Um tablete é R$ 1,00, um bombom é R$ 0,50 e, na Páscoa, um ovo de bom tamanho está entre R$ 15,00 e 18,00, não é um valor exorbitante, disse.
O setor de supermercados também aposta no aumento das vendas dos produtos da época, como peixes, vinhos, azeites e chocolates em geral. A projeção é da Associação Brasileira de Supermercados
Veículo: Jornal do Commercio - RJ