IP decide segunda fábrica até 2010

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A International Paper (IP) terá menos de um ano para decidir se fará novos investimentos para ampliação de sua produção no Brasil em bases competitivas.

Até fevereiro, a fabricante americana poderá exercer a opção para instalar uma segunda máquina de produção de papel em Três Lagoas (MS), mantendo as mesmas condições acertadas para o fornecimento de matéria-prima e insumos com a Votorantim Celulose e Papel (VCP) em sua primeira unidade.

 

Num cenário de grandes dificuldades para a indústria de papel e celulose mundial, que convive com uma superoferta em meio à baixa demanda por seus produtos, decidir-se sobre a construção de novas fábricas passou a ser uma decisão complicada. "A vida tem momentos fáceis e momentos não tão fáceis", brincou o presidente da IP no Brasil, Maximo Pacheco. "Tomaremos a decisão em um momento oportuno."

 

No acordo de troca de ativos com a VCP, ocorrido em 2005, quando o cenário do setor era bem diferente, a IP firmou contrato de fornecimento de celulose com a empresa do grupo Votorantim por 90 anos para uma primeira máquina, com capacidade de 200 mil toneladas de papel - que entrou em operação em fevereiro. Foi estabelecido também um prazo para que a IP decida sobre a instalação de uma segunda máquina, com igual capacidade, utilizando as mesmas condições da primeira.

 

"Poderemos nos decidir por fazer em 2015 em outras condições, mas não há nada definido. Tudo dependerá das condições de mercado e as tendências de crescimento de consumo de papel", afirmou Pacheco, que fez questão de lembrar as vantagens comparativas que fazem as fábricas brasileiras serem bastante competitivas em relação às unidades de outros países.

 

Com o primeiro lote de papel produzido no dia 12 de fevereiro, a International Paper projeta fabricar 120 mil toneladas na unidade de Três Lagoas ao longo deste ano. Com isso, a produção total da empresa no país chegará em 2009 a 920 mil toneladas, o que inclui as unidades no interior de São Paulo - em Mogi Guaçu (onde opera quatro máquinas) e a de Luiz Antonio (duas linhas de produção de papel). Metade de toda produção da IP será exportada para a América do Sul, EUA e Europa
 


Veículo: Valor Econômico


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