Impulsionado pelo aumento da renda dos trabalhadores da Região Metropolitana, o faturamento dos comerciantes varejista na Páscoa cresceu 10,4% este ano, na comparação com o feriado do ano passado, segundo a Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ).
É o melhor resultado no período dos últimos oito anos, superando as expectativas dos comerciantes, que acreditavam em um aumento de 3%. Em 2008, o resultado da receita das empresas ligadas à data foi 5,7% maior que no ano anterior.
"A melhora nos indicadores de emprego e renda da Região Metropolitana do Rio, nos últimos 12 meses, tem agido como amortecedor para a crise. O avanço nos rendimentos dos trabalhadores foi de 8,5%, segundo o IBGE, ou seja, ainda que haja crise, a região passa por um momento de expansão da massa salarial", explicou o economista da Fecomércio-RJ, Christian Travassos.
Em março, pesquisa feita pela entidade mostrou que 58,2% dos empresários registraram redução no faturamento por conta da crise financeira mundial. Dos entrevistados, 64,4% disseram estar tomando medidas para combater a turbulência.
Os produtos do comércio varejista ligados à Páscoa, disse o economista, não estão entre os mais afetados pela crise - cujas principais ramificações se deram no setor de crédito: "Os efeitos são mais sentidos na economia que depende de comércio exterior. Houve desaceleração, e até recuo, no fim do ano passado, devido aos produtos de alto valor agregado".
O número de comerciantes que realizou promoções caiu de 70%, no ano passado, para 63,2% este ano; 36,5% venderam produtos de marca própria dos estabelecimentos, representando 55,7% do total das vendas destas lojas.
O gasto médio por consumidor foi de R$ 70,79, o segundo maior resultado da série histórica, atrás somente da Páscoa de 2002, em que o gasto foi R$ 77,23. Entre os consumidores, 42,9% preferiram pagamento à vista; o restante optou pelo crédito em parcela única (31,2%) e em várias parcelas (25,9%).
Veículo: Jornal do Commercio - RJ