O Índice de Confiança Empresarial (ICE) avançou 1,2 ponto em relação ao mês anterior, alcançando 86,4 pontos, o maior nível desde dezembro de 2014 (87,7 pontos), segundo divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta quarta-feira (31).
A partir deste mês, a FGV vai divulgar o ICE, que agrega os indicadores-síntese das quatro sondagens empresariais produzidas pelo instituto: indústria, serviços, comércio e construção.
A maior contribuição para a alta da confiança em maio foi dada pelo Índice de Situação Atual (ISA-E), com alta de 1,1 ponto, para 80,2 pontos. Já o Índice de Expectativas (IE-E) subiu 0,3 ponto, alcançando 95,0 pontos.
A sondagem com a maior diferença entre expectativas e percepção atual é da construção com 20,9 pontos,; seguida por serviços com 13,8 pontos, comércio com 11,9, enquanto a indústria apresenta um distanciamento menor de 6,7 pontos.
A alta da confiança empresarial ocorreu na indústria e nos serviços, os dois segmentos com maior peso. No comércio, houve ligeira queda, de -0,5 ponto, após alta acumulada de 10,2 pontos nos três meses anteriores. Já a construção continua apresentando resultado bem inferiores aos dos outros setores, retratando um setor ainda em clima de recessão.
"A confiança empresarial manteve em maio a tendência de alta observada desde o início do ano. A boa notícia é a redução virtuosa da distância, ainda grande, entre o nível dos indicadores que medem a percepção sobre o presente e os de expectativas. A má notícia é que a maior parte da coleta de dados para o fechamento deste mês já havia sido realizada quando uma nova crise política foi deflagrada no pais, em 17 de maio. O aumento da incerteza provocado por eventos desta natureza tende a impactar negativamente as expectativas", avalia Aloisio Campelo Jr., Superintendente de Estatísticas Públicas do IBRE/FGV.
Fonte: G1