A alemã Bayer e a japonesa Sumitomo Química anunciaram ontem acordo para a produção de um fungicida que promete mais eficácia no combate à ferrugem da soja e outras doenças que afetam a cultura líder no Brasil.
Mas produtores ainda terão que esperar alguns anos pelo produto, desenvolvido especialmente para o País, onde a doença é a que mais demanda investimentos na lavoura, até porque pode reduzir em 80% a produtividade se não for controlada.
As companhias pretendem submeter o fungicida ainda este ano para aprovações em órgãos dos ministérios da Agricultura, Saúde e Meio Ambiente e tê-lo aprovado para venda no início da próxima década. "Vamos trazer um produto que é uma mistura pronta, o diferencial é alta eficiência dos dois componentes que vão fazer parte da mistura", afirmou o diretor de Marketing Estratégico da Bayer Brasil para Culturas e Portfólio, Mauro Alberton.
O produto contará com uma combinação de fungicida inédito da Sumitomo com outros estabelecidos pela alemã. Os valores da operação não foram divulgados.
A ferrugem tem um custo médio para o setor produtivo de US$ 2 bilhões por safra no Brasil, segundo a estatal de pesquisas Embrapa, que aponta ainda que tem havido uma redução da eficiência dos fungicidas desde a safra 2007/08 em função da adaptação do fungo aos produtos.
Segundo o executivo da Bayer, o novo fungicida deverá proporcionar um maior controle da doença por agir por mais tempo, facilitando o manejo nas lavouras. O químico tem passado por testes nos últimos anos no Brasil.
"Pretendemos lançar o produto já na década de 20", disse ele, comentando que normalmente, após a submissão, leva cerca de cinco anos para ser aprovado pelas autoridades.
Fonte: Reuters