A Danone do Brasil pode ser obrigada a pagar quase R$ 10 milhões em honorários advocatícios que foram cobrados da Parmalat do Brasil. A Danone, no entanto, afirma que nunca teve qualquer relação societária com a Parmalat e que, portanto, esse compromisso não lhe pertence. Mas a juíza Simone Laurent de Figueiredo, da 17ª Vara Cível e de Acidentes de Trabalho de Manaus, determinou o bloqueio do valor de até R$ 9,936 milhões nas contas bancárias da Danone para pagamento ao autor da ação, o advogado André Luiz Guedes. Segundo a diretora jurídica da Danone, Priscila Cruz, o bloqueio pode ser feito em todas os bancos com os quais a Danone mantém relação, podendo exceder, portanto, em muito o valor da causa. Até o momento, três bancos comunicaram bloqueio de recursos à empresa.
A ação de condenação para pagamento de honorários é contra a Parmalat do Brasil, que perdeu ação de responsabilidade civil por rescisão contratual para a Dispal Indústria Santos de Produtos Alimentícios, assessorada por André Luiz Guedes. Mas, na decisão sobre o pagamento dos honorários, a Danone, assim como a Laep Investments e a Integralat, são citadas como empresas pertencentes ao grupo Parmalat e, portanto, poderiam honrar o pagamento. A Danone, no entanto, nega qualquer tipo de relação societária com a Parmalat, hoje controlada pela Laep Investments. "Jamais houve nenhuma relação societária da Danone com a Parmalat. A juíza confundiu a Danone com a Parmalat e, diante desse erro, a Danone corre o risco de ter esse dinheiro bloqueado, o que pode causar sérios prejuízos à companhia", afirmou a diretora da Danone. Procurada, a Parmalat não se pronunciou sobre o caso.
Veículo: DCI