Em 2008, número de unidades comercializadas foi 113% maior que em 2007
A venda de notebooks no Brasil cresceu 113% entre 2007 e 2008. De acordo com números da IDC, consultoria de informática com atuação em mais de uma centena de países, no ano passado, foram comercializadas 3,2 milhões de unidades ante 1,5 milhão vendidas no ano anterior.
Segundo Luciano Crippa, analista de mercado da IDC, a elevação no índice de vendas dos notebooks se deve à popularização do produto verificada desde 2006, com a edição de medida provisória que suspendeu a cobrança da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e do Programa de Integração Social (PIS) na fabricação. A medida ficou conhecida como ‘MP do Bem’ e, de saída, reduziu os preços dos computadores em aproximadamente 9%.
Crippa observa que, como consequência, os computadores pessoais, inclusive os notebooks, tornaram-se mais acessíveis ao grande público. O analista lembra que, em 2005, um notebook tinha preço médio de R$ 4 mil, aproximadamente. “Já em 2008, fechamos o ano com um preço médio do notebook na casa de R$ 2 mil, queda de 50% no preço em quatro anos”, diz.
A popularização dos notebooks pode ser atestada com números. Em 2008, do total de 11,6 milhões de computadores comercializados no País, 27% eram notebooks, também conhecidos como laptops. Em 2005, a participação dos computadores portáteis no total das unidades vendidas não chegava a 4%. Na avaliação de Crippa, com preços mais acessíveis, as pessoas foram em busca de algo para uso exclusivo.
O efeito dólar
O analista da IDC afirma que se o dólar não tivesse passado pela valorização registrada no fim do ano passado, a tendência era de que os preços dos computadores móveis pessoais continuassem em queda, mas a crise econômica mudou o quadro.
Ele explica que, até setembro, as empresas fabricavam as máquinas com custos baseados na moeda americana a R$ 1,66, mas, após a crise econômica, que fez o dólar bater nos R$ 2,50, a situação ficou muito mais difícil.
Crippa garante que não há como fabricar e vender sem que os custos dos insumos importados sejam repassados para o consumidor final, o que levou a uma elevação de custos e preços em torno dos 40%, afirmou.
O consultor afirma que a necessidade de aumentos por conta do dólar também prejudica o setor, que este ano deve encolher 11,5% em relação ao ano passado. “Acreditamos em melhora a partir do segundo semestre, mas mesmo assim temos certeza de que não será como 2008”, avalia Crippa.
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Veículo: Jornal da Tarde - SP