Braskem tem planta verde na região Sul

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Uma empresa brasileira vai produzir anualmente 200 mil toneladas de matéria-prima para a produção de plásticos a partir da cana-de-açúcar, um material totalmente biodegradável que pode se decompor na natureza um ano depois de descartado. O plástico tradicional, que tem o petróleo como matéria-prima, leva mais de 200 anos para degradar-se completamente.

 

Outras empresas também já usam tecnologias para produção de plástico biodegradável no país, mas agora essa experiência é de larga escala. A iniciativa é da empresa petroquímica Braskem que lançou ontem em Triunfo, no Rio Grande do Sul, a pedra fundamental do Projeto Verde da Braskem, planta industrial da fábrica cujas obras vão gerar 1,5 mil empregos.

 

A unidade deverá estar concluída no final do próximo ano e consumirá investimentos de R$ 500 milhões. Segundo o responsável pela comercialização de polímeros verdes da Braskem, Luiz Nitschke, essa será a primeira operação em escala comercial no mundo da produção de polietileno verde a partir de matéria-prima 100% renovável.

 

Nitschke informou que a produção será destinada ao mercado do produto alternativo, que consome em todo o mundo 70 milhões de toneladas de polietileno por ano. O consumo de plásticos provenientes de todas as origens chega a 200 milhões de toneladas ao ano, de acordo com ele.

 

Ele explicou que, inicialmente, será usada cana proveniente de São Paulo, mas o projeto vai estimular também a exploração da cultura no estado. O zoneamento agrícola da cana-de-açúcar no Rio Grande do Sul foi divulgado na semana passada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

 

O polietileno biodegradável vai ser produzido a partir de uma resina sintetizada do etanol e permitirá a fabricação de tanques de combustível para veículos, filmes para fraldas descartáveis, recipientes para iogurtes, leite, xampu, detergentes.

 

O polietileno é fornecido à indústria em forma de bolinhas que são então transformadas nas embalagens ou em peças para diversas finalidades, como para a indústria de brinquedos.

 

Nitschke afirma que usar álcool para produzir polietileno não vai provocar impacto na produção de açúcar ou de combustível, tendo em vista a potencialidade do Brasil nessa área. O país, conforme destacou o executivo, produz 500 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por ano e praticamente metade vai para a industrialização do etanol e os 50% restante, para a produção do açúcar.

 

A planta que a Braskem terá funcionando no ano que vem envolverá o uso inicial de 400 milhões de litros de álcool. De acordo com Nitschke, a agropecuária usa 220 milhões de hectares para a criação de gado e 3,4 milhões para a de cana, o que representa apenas 1% da terra arada no Brasil.

 

Veículo: Diário do Comércio - MG


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