O fim da safra da tangerina Ponkan somado à tendência de mercado apresentada em 2016 deve estimular a produção de tangerinas Murcott e Rio no último trimestre do ano em Minas Gerais. Ambas possuem boa aceitação no mercado e apresentaram, na última safra, preços altamente atrativos para os produtores.
De setembro a dezembro de 2016, os preços tiveram uma média de R$ 4,50/Kg para a tangerina Murcott e de R$ 2,25 para a tangerina Rio. Neste mês de outubro, o preço mais comum na Ceasa Minas - entreposto Contagem tem variado entre R$ 2,00/Kg, atingindo o máximo de R$ 3,00/Kg. “Os valores podem ser um indicativo para que os produtores abranjam um período maior de produção sem diversificar com espécies, mas diversificar com variedades”, explica o coordenador técnico estadual da Fruticultura da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado Minas Gerais (Emater-MG), Deny Sanábio.
Nos últimos anos, Minas Gerais saltou do quarto para o segundo lugar no ranking da produção nacional de tangerina, atrás apenas de São Paulo. O carro-chefe da produção é a tangerina Ponkan, principal atividade de mais de 500 agricultores do município de Belo Vale, no Território Metropolitano, maior produtor do estado com área plantada de dois mil hectares. A safra colhida este ano foi de aproximadamente 60 mil toneladas da fruta. Segundo Sanábio, a safra da tangerina no Estado emprega muitos trabalhadores gerando renda para os municípios produtores e para a região como um todo. “A tangerina Ponkan movimenta a economia desses municípios. Em Belo Vale, por exemplo, os preços deixaram os agricultores bastante satisfeitos e o que é muito importante a atividade gerando renda e emprego no município”, diz.
Frutifica Minas - Em Minas Gerais, cerca de 500 mil empregos são gerados, direta e indiretamente pela fruticultura.
Para fomentar essa cadeia, a Emater-MG e a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento desenvolvem, desde 2010, o Circuito Frutifica Minas que leva informação de boas práticas de cultivo aos produtores do estado. Agência Minas.
Fonte: Diário do Comércio de Minas