Com muito mais recheio

Leia em 2min

São 55 anos de marca reconhecida de biscoito. Mas a Mabel quer seu horizonte para além das bolachas. Em três anos, e com investimentos de R$ 40 milhões, quer se tornar uma indústria de alimentos. Ela já contratou uma pesquisa de elasticidade de marca para determinar quais categorias seriam compatíveis, mas previamente consideram bolos e massas secas. O diretor-presidente da empresa, Vicente Barros, diz estar com o pé no acelerador, só controlando a velocidade. "Desde setembro, quando a crise estourou, adotamos uma forte política de corte de custos e renegociação com fornecedores. Dispensamos alguns funcionários e conseguimos reduzir o preço da farinha de trigo em 7%. Isso nos permitiu fechar o ano com um crescimento de 24%." Assim, diz ele, com a "lição de casa feita", deram continuidade ao plano de expansão de crescer dois dígitos até 2014.

 

Só para este ano eles recompuseram o quadro com a contratação de 100 funcionários e estão lançando 13 produtos, entre eles biscoitos com 12% mais de recheio e amanteigados. Com uma verba de marketing 20% maior que 2008, vão investir R$ 12 milhões, o que inclui uma campanha institucional em todo Brasil. Ampliaram as linhas de produção das fábricas de Aparecida de Goiânia (GO) e Três Lagoas (MS) com um aporte tecnológico de R$ 12 milhões. "Impulsionado pelos novos recheados já alcançamos um crescimento de 15% esse ano. Não registramos a retração medida pela Nielsen no setor. Um pacote de biscoito custa menos de R$ 1, é uma indulgência que as pessoas continuam se permitindo."

 

Pela pesquisa Nielsen de março, a Mabel seria a sétima maior fabricante de biscoitos do Brasil. "Se o Centro-Oeste e o Norte entrassem nas pesquisas, mercados onde crescemos muito, subiríamos algumas posições neste levantamento." Segundo Barros, a logística da empresa -com fábricas posicionadas próximas às regiões do país - é um fator que agiliza a entrega e torna seus preços mais competitivos. Outro ponto que Barros ressalta como determinante no bom desempenho da Mabel é seu conselho administrativo com três acionistas e quatro consultores independentes - como o ex-presidente do Banco Central, Gustavo Loyola, e o ex-presidente dos biscoitos Aymoré, Marco Antonio Torres. "A independência administrativa nos dá mobilidade para mudar rápido em uma economia volátil como a atual." O faturamento da companhia em 2008 foi de R$ 480 milhões.

 

Veículo: Valor Econômico


Veja também

Tok&Stok terá linha branca na loja e na internet

A Tok&Stok vai introduzir uma nova linha de produtos em suas lojas. A empresa está na fase final de sele&cced...

Veja mais
Dia das Mães: lojistas esperam alta de 11,2%

A expectativa de crescimento de vendas na região metropolina do Rio para o dia das mães é de 11,2%,...

Veja mais
Dona da Mallory traz novas marcas ao País

Dona da fabricante de eletrodomésticos Mallory, a espanhola Taurus nunca usou outra marca além da pr&oacut...

Veja mais
Vilma interessada em adquirir marca Forno de Minas

Grupo tem interesse e avalia potencial do negócio.  A Vilma Alimentos, controlada pela Domingos Costa Ind&...

Veja mais
Indústria de cosméticos prevê crescer até 7%

A demanda pelos diversos cosméticos continua muito aquecida no Brasil e está animando a indústria d...

Veja mais
Pessoal qualificado é maior fator de competitividade

A oferta de profissionais qualificados é apontada pelos pequenos e médios empresários da Amé...

Veja mais
Mais ativos da Ahold à venda

A Royal Ahold, maior empresa varejista do setor alimentício na Holanda, deseja completar a venda de sua participa...

Veja mais
Holandesa TNT Mercúrio compra Expresso Araçatuba

 O grupo holandês TNT amplia suas operações no Brasil ao adquirir, por € 54 milhões...

Veja mais
Exportações podem crescer com a crise

A crise pode fazer com que algumas empresas aumentem a participação de seus produtos no mercado externo. A...

Veja mais