A Tok&Stok vai introduzir uma nova linha de produtos em suas lojas. A empresa está na fase final de seleção de uma fabricante de eletrodomésticos que vai complementar a oferta de itens para cozinha. A ideia é que no segundo semestre a varejista de móveis e artigos de decoração esteja vendendo geladeiras, fogões, coifas, microondas e outros produtos da linha branca. A compra poderá ser feita nas lojas ou pela internet.
A rede recebe produtos novos todos os dias, mas a última vez que acrescentou uma nova linha foi em 2006, quando passou a oferecer aparelhos eletrônicos e eletroportáteis. O projeto de ampliar a oferta e escolher um fornecedor exclusivo de linha branca surgiu em 2008. Segundo Keule de Assis, gerente de produtos, o objetivo é dobrar as vendas de cozinhas, por isso estão programadas outras ações voltadas a esse cômodo da casa.
Ele disse que ainda faltam ser definidos alguns pontos, como a loja que vai apresentar a novidade (pode ser no Rio ou em São Paulo). No futuro, toda a rede, formada atualmente por 27 lojas, vai contar com itens de linha branca. De início serão oferecidos serviço e seguro diferenciados, mas não está descartada a possibilidade de que venham a ser criados produtos com design exclusivo para a Tok&Stok. No segmento, ela vai disputar espaço no mercado com grandes varejistas, como Casas Bahia, Magazine Luiza e Ponto Frio.
A Tok&Stok prepara os retoques finais para a abertura de uma nova loja em Curitiba, na próxima semana, na qual investiu R$ 15 milhões. Ela ocupará o imóvel de um antigo bingo, com 6 mil metros quadrados, e vai substituir a unidade inaugurada em 1985, que tem 1,5 mil metros quadrados. A intenção é dobrar o faturamento na cidade. Trata-se da única inauguração prevista para este ano. Em 2008 foi aberta uma loja em outubro (no Rio) e duas em dezembro - em São Paulo e em Londrina, no interior do Paraná. "Os projetos que estavam em andamento foram concluídos, agora estamos mais cautelosos", disse Paul-Edouard Dubrule, gerente de finanças e novos negócios.
Segundo ele, em alguns casos foram adiados projetos de shoppings que vão abrigar lojas da rede, como um de Brasília, que abrirá as portas em 2010. Outras duas lojas previstas estão em análise. Também há a intenção de abrir em Curitiba uma unidade menor, em shopping, focada em acessórios. "Ainda não sabemos como o mercado vai reagir à crise, embora esteja melhor do que esperávamos", afirmou. Dubrule explicou que, no fim de 2008, o grupo trabalhava com "previsão de crescimento zero" nas receitas de 2009. "Devemos ter resultado melhor que isso", adiantou ele, que conta com alguma ação do governo para ajudar o segmento, como uma eventual redução de IPI para móveis.
Segundo Dubrule, na virada do ano a Tok&Stok congelou despesas (com renovação de lojas, por exemplo) e contratações (empregados que saíram não foram repostos). O dinheiro investido na loja de Curitiba foi obtido em bancos privados, mas o grupo está tentando financiamento de longo prazo no BNDES, para substituir o contrato. O executivo disse que a postura continua conservadora e uma revisão dela, caso ocorra, será apenas após o início do segundo semestre.
Veículo: Valor Econômico