Trigo mais barato faz Barilla reduzir preços em 10%

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A maior fabricante mundial de massas alimentícias resolveu repassar a redução de preço do trigo para o consumidor. Por isso, desde o início do ano, a italiana Barilla vem remarcando para baixo o preço final de seus produtos. "Nos já reduzimos nossos preços finais em 10% seguindo a redução da cotação dos grãos", disse Massimo Potenza, diretor-executivo da Barilla, ontem, em Milão.

 

O preço do trigo duro - usado para fazer massas - caiu cerca de € 200 a tonelada depois de ter atingido uma alta recorde no ano passado. Hoje, conforme informações divulgadas pela Barilla, mesmo com a queda, o preço do trigo duro ainda está 25% acima das cotações médias registradas em 2006.

 

O problema é que a baixa de preços ainda não foi suficiente para compensar a alta de 30% que a Barilla promoveu durante o ano passado. O reajuste médio de mercado, conforme a Unipi - autoridade italiana que regula esse mercado - ficou em 20,5%.

 

"Por isso vamos manter esse movimento de baixa até julho", disse Potenza. "Aí poderemos ver o que vamos fazer, dependendo das condições do mercado consumidor", acrescentou. Conforme a empresa, os aumentos acima da média feitos no ano passado foram necessários para manter a saúde financeira da fabricante de macarrão. A companhia divulgou que seu lucro líquido cresceu para € 85 milhões em 2008 ante os € 73 milhões de 2007.

 

A Barilla - empresa familiar não cotada em bolsa - fabrica cerca de 1 milhão de toneladas de massas ao ano. Mas no ano passado, a empresa produziu menos que em 2007. Incluindo também a divisão de molhos e produtos de panificação, o total produzido ficou em 2,71 milhões de toneladas. Um ano antes, esse total ficou em 2,79 milhões de toneladas.

 

Guido Barilla, presidente da companhia, disse que a meta da fabricante para este ano é se concentrar mais no negócio de massas. Há rumores de que a companhia poderia vender a divisão de panificação para o grupo alemão Kamps. Mas essa possibilidade foi rechaçada por seus executivos durante a entrevista à imprensa ontem.

 

O consumo mundial de massas, segundo Potenza, está estável ou até ligeiramente maior. Segundo ele, há países em que os consumidor têm o costume de comer mais massas em época de crise, uma vez que esse alimento é considerado barato e dispensa outros acompanhamentos para a refeição.
 


Veículo: Valor Econômico


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