Nem nos sonhos mais promissores de Renata Vichi, vice-presidente do Grupo CRM, controlador da marca de chocolates de luxo Kopenhagen, haveria tantos interessados em se tornar franqueados da nova rede da empresa, a Brasil Cacau. "Já temos 2.300 candidatos", diz a executiva, que planeja abrir 50 lojas até o final do ano. Em quatro anos, a Brasil Cacau deve chegar a 500 lojas.
Com a nova marca, lançada em janeiro, a Kopenhagen pretende chegar a um público que ainda não alcançava. "Vamos abrir unidades em cidades menores e em shoppings mais populares", explica a empresária. A expectativa é de que a Brasil Cacau fature em seu primeiro ano R$ 15 milhões. Já a rede Kopenhagen, que também deve crescer, passará das atuais 253 lojas para 280 até dezembro. Com isso, o faturamento do grupo, que no ano passado somou R$ 154 milhões (15% a mais que em 2007), deve alcançar R$ 170 até dezembro, com alta de 10% sobre 2008.
Para dar conta da demanda, a empresa está fechando suas instalações em Barueri, na Grande São Paulo, e transferindo a produção para Extrema, no sul de Minas Gerais. "Vamos passar de uma capacidade de 2 mil a 2,5 mil toneladas ao ano para 3,5 mil", diz Fernando Vichi, diretor financeiro da companhia.
A nova planta exigiu da empresa um investimento de R$ 70 milhões. "O interessante é que essa fábrica está sendo construída em uma estrutura modular que permite a expansão da capacidade de produção em três fases", explica o executivo. A primeira é a atual. A segunda e a terceira permitem que a produção mais que dobre em relação ao volume projetado para a primeira etapa.
Veículo: Valor Econômico