Porto de Rio Grande elimina o congestionamento de caminhões

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O estacionamento de caminhões localizado na Via Nove, situado em frente ao Tecon de Rio Grande, no extremo sul do Rio Grande do Sul, com 56 mil m² de área, foi liberado para receber caminhões que chegam ao porto gaúcho para escoar a safra de grãos. A medida foi adotada emergencialmente para eliminar o congestionamento de veículos que atendem, principalmente, a Bianchini S.A, que opera no processamento de soja em grão, produz óleo de soja degomado, destinado para refino e posterior uso comestível ou energético, diversos tipos de farelos de soja e o grão "in natura" destinado à exportação. Hoje o volume de caminhões, neste terminal, está na faixa de 260 por dia (abril) e deve aumentar em maio, quando ocorre o pico de escoamento da safra.

 

"Com a liberação ficou organizado o desembarque da safra, evitando que os caminhões se aglomerassem no acostamento da BR 392", informa o superintendente do porto gaúcho, Janir Branco. O pátio foi inaugurado no final do ano passado e não tinha sido utilizado até agora. Ele tem capacidade para receber mais de 400 caminhões. Ao chegarem ao pátio os veículos são cadastrados pelo número da placa e chamados por ordem de chegada.

 

Dos quatro terminais graneleiros, apenas os da Termasa e Tergasa trabalham com um sistema de pré-agendamento, batizado de Sistema Pampa, criado justamente para evitar concentração de caminhões nos meses de pico de escoamento de grãos que acontecem em abril e maio. O porto gaúcho estima escoar aproximadamente cinco milhões de toneladas nesta safra, o que vai representar crescimento acima de 40% em relação ao volume registrado ano passado

 

O estacionamento foi construído pelo 10° Batalhão de Engenharia de Construção de Lages (SC) do Exército e conta com guaritas de segurança e edificação de apoio. O investimento foi de R$ 6 milhões, valor que inclui obras de acesso. Após o período de pico da safra de grãos, o pátio permanecerá funcionando, atendendo preferencialmente caminhões com contêineres.

 

O superintendente também vistoriou obras da dragagem de manutenção à beira do cais, que estão sendo realizadas junto ao cais do Porto Novo. O serviço reiniciou no final de fevereiro no berço 40 e já se encontra no 47 (210 metros de comprimento), numa distância de 40 metros do cais para dentro do canal. Esse era o trecho que apresentava pontos de assoreamento e que agora está sendo concluído, ficando a área apta para receber navios com 31 pés de calado. Após essa etapa a dragagem continuará até o cabeço 56. Do cabeço 56 até o 62 já foi realizada a dragagem no ano passado.

 

Com relação às obras de dragagem de aprofundamento do canal de acesso, a suspeita de possíveis irregularidades em alguns itens no processo licitatório envolvendo o consórcio vencedor formado pela Odebrecht (brasileira) e Jan de Nul (holandesa) fez a Secretaria Especial dos Portos (SEP) a pedir ao Tribunal de Contas da União (TCU), no mês passado, uma averiguação completa dos fatos. O cronograma de prazos não sofrerá descontinuidade até sair o resultado. O investimento chega a R$ 200 milhões, bancados com recursos federais e 25% do Tesouro do Estado. Após a conclusão, o porto gaúcho terá um dos maiores calados do Brasil e do Mercosul.

 

Veículo: Gazeta Mercantil


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