Produtos mais baratos nos EUA impulsionam resultado da Kraft

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As fortes vendas de pizzas congeladas nos Estados Unidos e o macarrão com queijo de baixo preço ajudaram a Kraft a registrar bons resultados no primeiro trimestre, apesar da pressão negativa sobre seus lucros mundiais decorrente da força do dólar. O lucro líquido subiu 10%, para US$ 662 milhões.

 

As vendas, em unidades, de refeições do tipo macarrão com queijo, que podem alimentar três crianças por menos de US$ 1,50, aumentaram em mais de 10% durante o trimestre. As vendas das pizzas prontas das marcas DiGiorno e Jack´s e dos alimentos congelados Oscar Mayer também aumentaram, refletindo o maior número de famílias que passaram a comer em casa em vez de em restaurantes.

 

A executiva-chefe da Kraft, Irene Rosenfeld, ficou satisfeita com as notícias de fortalecimento da confiança do consumidor nos EUA, mas ressaltou não ter visto "um impacto significativo no negócio nesse momento. A economia desafiadora funcionou razoavelmente bem para o grupo", disse. E o fato de as pessoas estarem comendo menos fora de casa funcionou "excepcionalmente bem" para a empresa, afirmou. "Mas não estamos administrando os negócios como se fosse ocorrer uma recuperação amanhã.", complementou ela.

 

Desde que Rosenfeld assumiu o comando em 2006, a Kraft focou em cortar custos e deixar negócios com baixa margem de lucro, investindo o que economizou para sustentar as principais marcas e mercados. Também adquiriu em 2007 a unidade mundial de biscoitos da Danone, em acordo de US$ 7,2 bilhões.

 

Rosenfeld disse ao "Financial Times" que a Kraft ainda está avaliando os planos do governo Obama para mudar a estrutura de tributação sobre os lucros empresariais no exterior. Mas as propostas poderiam ter "um efeito significativo" na Kraft, que obtém cerca de 40% de suas receitas fora dos EUA. "Não temos detalhes suficientes ainda, mas certamente nos certificaremos de que nossa posição seja bem compreendida (em Washington)."

 

As vendas líquidas totais da Kraft caíram 6,5% e atingiram a US$ 9,4 bilhões, uma vez que a empresa foi atingida pelo impacto da força do dólar na receita obtida no exterior.

 

A receita orgânica, que exclui aquisições ou vendas de negócios e variações cambiais, subiu 2,3%, embora as vendas, em unidades, tenham recuado, em parte como resultado de a Páscoa ter caído no segundo trimestre.
 


Veículo: Valor Econômico


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