Entregas rápidas: UPS entra no mercado de remessas domésticas

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A americana United Parcel Service (UPS) incluiu o Brasil no grupo de 17 países em que a empresa vai iniciar serviços domésticos de entregas expressas. Até hoje, no mercado brasileiro, a companhia só oferecia serviços de transporte internacional.

 

A nova modalidade estará disponível para remessas entre as cidades de São Paulo, Rio, Porto Alegre e Campinas, locais onde a UPS já tem escritório próprio, conta Nadir Moreno, presidente da empresa no Brasil. "A ideia é começar com essas cidades, aprender os novos processos e daí averiguar o potencial de expandir o serviço para outros locais no país", afirma.

 

A UPS estima que o serviço de entregas domésticas elevará a receita no Brasil entre 10% e 15%. A empresa não divulga quanto fatura no país - no mundo, a receita foi de US$ 52 bilhões em 2008. O novo serviço foi criado, segundo Nadir, para completar a carteira de produtos da companhia e permitir que os clientes contratem apenas a UPS para suprir toda a necessidade de transporte de remessas.

 

A introdução dos serviços nacionais também é uma tentativa de abocanhar um mercado maior do que o segmento internacional e em crescimento. "O mercado doméstico (de entregas) atualmente é oito vezes maior que o internacional", diz Nadir.

 

Concorrentes globais da UPS, como as europeias DHL e TNT, já fazem entregas expressas dentro do Brasil. A americana FedEx, não. Há alguns meses, a DHL afirmou ao Valor que planejava crescer com o serviço de cargas expressas domésticas de alto valor agregado, que cresce 30% ao ano, contra a expansão de 15% registrada no mercado de entregas convencionais.

 

A líder do segmento no país, contudo, tem nacionalidade brasileira e controle estatal. São os Correios, que por dia informam transportar mais de 30 milhões de volumes dentro do Brasil, sendo cerca de 600 mil com o serviço expresso.

 

As empresas multinacionais não divulgam quanto transportam por dia, mas elas mesmas admitem que os Correios têm a liderança da atividade no país.

 

O mercado brasileiro de encomendas expressas nas rotas internacionais também pode crescer significativamente, segundo a Receita Federal, que até o fim de junho deverá implantar um novo sistema de controle automatizado sobre as remessas. O sistema, chamado de Harpia, vai agilizar os trâmites e permitir o transporte de uma gama maior de produtos.
 


Veículo: Valor Econômico


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