Altenburg diversifica com linha de pijamas e pantufas para crianças

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Depois de entrar no varejo com a Altenburg Store, a Altenburg, tradicional fabricante de produtos de cama e mesa de Blumenau (SC), decidiu fazer sua primeira experiência em confecção. A empresa desenvolveu uma linha de pijamas e pantufas para crianças.

 

Quilian Rausch, diretor de vendas e marketing da empresa, líder em produção de travesseiros, conta que a ideia tomou corpo depois que a linha de cama do segmento infantil (linha Kids Malha), assinada pela artista plástica Carolina Furtado, introduzida há quatro anos no mercado, apresentou um "bom desempenho", conseguindo atrair vários tipos de público. "Essa linha atingiu pessoas das classes A, B e C, o que foi bem interessante. Por isso neste ano tentamos ampliar a coleção, integrando todo o conceito do quarto. Se a criança gosta do desenho dos produtos da cama, também vai gostar do pijama. Para complementar, precisávamos de uma pantufa", explica Rausch.

 

A produção de itens confeccionados não é feita no parque fabril da Altenburg porque seu maquinário está voltado à fabricação de itens de cama e mesa, mas, segundo Rausch, a empresa fechou parcerias com terceiros na região, especializados no ramo, para essa produção. Ele não revela o volume de fabricação nem o volume de vendas da linha cama que teria motivado a entrada em outros segmentos.

 

Segundo Rausch, a primeira linha de pijamas e pantufas, voltada a crianças, "não necessariamente" vai ser ampliada para linha adulta. "É uma experiência nova e está dentro do que Altenburg chama de conceito integrado (integrar o quarto com a roupa de dormir). O projeto está em fase de amadurecimento e não quer dizer necessariamente uma mudança de cultura para outras linhas", destacou.

 

Por outro lado, a estreia em um novo segmento mostra a necessidade de diversificação e inovação, especialmente em um momento mais difícil de mercado. "Estamos de olho para onde o mercado caminha, porque neste mundo onde a competição aumenta cada dia mais, você tem que fazer a diferença. Para inovar, não é preciso fazer uma ruptura brusca, nem um grande avanço em tecnologia", justifica.

 

O executivo não revela expectativas de vendas dos pijamas e pantufas. Disse apenas que a linha infantil da Altenburg, que representa 25% do volume de malha fabricado pela empresa, apresentou nos últimos anos "significativo crescimento, de cerca de 20% ao ano". Segundo ele, a entrada na produção de pijamas não recebeu investimentos relevantes. "O maior investimento é em design", disse.

 

A empresa tem planos de aumentar em 15% as vendas totais neste ano, um incremento considerado alto pelo mercado em ano de crise mundial. A Altenburg é favorecida pela baixa exposição à exportação (vende ao mercado externo cerca de 10% do total produzido) na comparação com outras empresas do segmento e por isso sofre menos com a restrição na demanda externa. A empresa, que havia estipulado os 15% ainda em 2008, não revisou suas projeções neste início de ano. "Não mudamos o alvo. Está difícil atingi-lo, mas tem que haver crescimento", disse Rausch. No ano passado, a empresa ampliou seu faturamento em 15%, apesar da projeção superior a 20%. "Talvez não cheguemos aos 15% (em 2009), mas se alcançarmos 12% já vai ser bom".

 

Sobre a experiência com a recente entrada em um canal direto do varejo, Rausch preferiu não comentar metas de abertura para 2009. Mas afirmou que a primeira unidade da Altenburg Store, aberta em dezembro, em Balneário Camboriú (SC), "foi muito bem". "O design da loja agradou. O produto já é conhecido, então não tivemos grandes dificuldades. Em São Paulo, por enquanto posso dizer que loja aberta em março gerou visibilidade para a marca. Mais do que isso seria precipitado dizer, porque faz muito pouco tempo que abrimos", afirmou.
 


Veículo: Valor Econômico


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