Não duráveis crescem no trimestre

Leia em 2min

Segundo o IBGE, as vendas no comércio brasileiro cresceram 3,8% no 1º trimestre de 2009, na comparação com 2008. Um dos maiores destaques do período foram os supermercados. Dados divulgados pelo Latin Panel confirmam o avanço das redes de auto-serviço em nosso País - entre janeiro e março desse ano as famílias brasileiras ampliaram em 11% o volume de compras de alimentos e de produtos de limpeza. A cesta de bebidas cresceu 7%, e a de higiene e beleza teve aumento de 6%. As classes D e E foram as que mais contribuíram para esse resultado, tendo subido em 9% a quantidade de produtos adquiridos no 1º trimestre. A classe C elevou o volume de compras em 8% e as classes A e B em 6%.

 

Esse resultado tem estreita relação com a elevação da renda dos brasileiros e o reajuste no salário mínimo. A retração no crédito, que prejudicou o consumo de bens duráveis, também contribuiu para o bom desempenho dos não duráveis - com menos prestações para pagar sobrou mais dinheiro para gastar nos supermercados. Para se ter uma idéia do bom momento que vivemos, basta dizer que, de acordo com estudo da TNS World Panel, feito em 11 mercados da Europa, Ásia e América Latina, o Brasil é o terceiro colocado em expansão de volume de compras de não duráveis, atrás apenas da China e Polônia, considerando o intervalo de março de 2008 a fevereiro de 2009.

 

Outro movimento que tem impulsionado os produtos não duráveis é uma nova onda de encasulamento. Curiosamente, em nosso País, o lazer doméstico está em alta. O número de lares que assinam os pacotes de TV por assinatura e internet banda larga, combinados, cresceu 140% entre janeiro e dezembro de 2008. Com tanta diversão dentro de casa, não admira que itens como sorvetes tenham aumentado o volume de vendas em 14%, e os salgadinhos tenham subido 15%. "As compras para consumo nos domicílios hoje respondem pela maior parte da expansão de gastos das famílias", garante Ana Claudia Fioratti (foto), diretora geral da Latin Panel Brasil.

 

As marcas que mais se beneficiaram deste ciclo de prosperidade são as de preço intermediário, que passaram de 38% de participação em 2008 para 40% neste começo de 2009. As marcas premium perderam participação (de 35% para 32%), e as de preço baixo se mantiveram estáveis.

 

Veículo: Gazeta Mercantil


Veja também

Diniz descarta crise no setor de supermercados

O presidente do Conselho de Administração do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz...

Veja mais
Crise mundial avilta receita das exportações de frutas até abril

O agravamento da crise mundial e a quebra na safra de algumas culturas aviltaram a receita das exportações...

Veja mais
"Antenados" assistem TV em qualquer lugar

 Enquanto alguns consumidores ainda estão adaptando os televisores de casa ao sistema de transmissão ...

Veja mais
Em expansão, AGV conquista serviço de unidade da Basf

A AGV Logística firmou contrato com a Basf para a gestão logística da unidade de nutriç&atil...

Veja mais
Danone negocia fábrica no Ceará

O governo do Ceará aprovou lei que poderá permitir a reabertura da fábrica da Danone no estado. De ...

Veja mais
Emergentes mudam a geografia da indústria farmacêutica

Em apenas três anos, a participação dos mercados emergentes no crescimento do setor farmacêuti...

Veja mais
Cotação do leite no País mantém-se em alta

A cotação do leite no mercado interno mantém-se em alta, imune à estagnação do...

Veja mais
Oral B nas farmácias e Oi em telões hi-tech

Para o lançamento do creme dental Oral-B Pro-Saúde, a Procter & Gamble apostou nas ações...

Veja mais
Direto ao ponto (de venda)

Antes encarada como uma estratégia complementar ao trabalho de publicidade e outras iniciativas para incentivar a...

Veja mais