A AGV Logística firmou contrato com a Basf para a gestão logística da unidade de nutrição humana, nutrição animal, cosméticos, ingredientes, serviços farmacêuticos e pigmentos de efeito. O diretor presidente da empresa, Vasco Oliveira de Carvalho Neto, disse que esse contrato reforça a atuação no segmento, onde a empresa acumula expertise na operação logística. O contrato com a Basf é de cinco anos.
"Trabalhamos com todos os tipos de produtos, inclusive, com atuação destacada em cargas frigorificadas e produtos sensíveis. Outros setores estratégicos para a AGV são saúde humana, animal, nutrição , químico, serviços bancários, tecnologia, varejo e vens de consumo", disse Carvalho Neto.
Para começar a operação, a empresa teve que realizar mudanças como as novas estruturas, porta-paletes mais reforçadas e com tamanho diferente do padrão brasileiro e câmara resfriada dedicada. Além disso, teve de contratar e treinar mão-de-obra técnica exclusivamente para a operação, disponibilizar área para produtos inflamáveis, fazer sina-lizações e identificações personalizadas para obedecer critérios de qualidade da Basf.
"Neste ano vamos investir R$ 20 milhões em toda a operação da AGV", disse Carvalho Neto.
Faturamento crescente
A AGV, que no ano passado concluiu a venda de parte da empresa para um fundo de private equity, espera faturar este ano R$ 300 milhões. "A previsão é de que o mercado de operadores logísticos continue crescendo. Em momentos de instabilidade financeira, uma das necessidades do mercado é reduzir custos. Neste sentido, a opção pela contratação de um operador logístico terceirizado - em detrimento de uma logística interna - contribui para transformar custos fixos em variáveis", disse Carvalho Neto. No ano passado, a companhia obteve receita de R$ 230 milhões. Carvalho Neto afirma ainda que apesar da crise econômica, a empresa sustentará o crescimento. "Crescer ficou mais caro, pois o dinheiro é mais escasso, mas o modelo da AGV permite uma expansão com estrutura mais leve e com menos capital envolvido."
Apesar disso, a crise financeira mundial fez com que a AGV adotasse postura mais conservadora. "Não é o momento de dobrar de capacidade, e sim de manter o olho no fluxo de caixa e na melhoria das operações em curso. Ainda sobre o aporte do fundo private, estamos com estrutura confortável e endividamento com níveis baixos".
A AGV Logística recebeu ano passado aporte de R$ 170 milhões de fundo Equity International. O recurso permitiu a incorporação da Delta Serviços Logísticos e da empresa de logística promocional e-Service.
Veículo: Gazeta Mercantil