Em 2005, após comprar a divisão de computadores da IBM - que optou por focar no mercado empresarial -, a chinesa Lenovo passou a atacar o segmento residencial em vários mercados internacionais, tentando repetir o desempenho que já tinha na China, onde era líder de mercado. No Brasil, porém, à exceção de um teste de mercado feito em 2006, a empresa ainda não havia lançado produtos específicos para o segmento. Essa lacuna começou a ser preenchida ontem, com o lançamento de um linha de computadores para uso em casa e a estreia oficial da Lenovo no varejo.
Tomas Oliveira, presidente da Lenovo no Brasil, diz que o país se tornou prioridade de investimentos nesse período de crise econômica. "A [companhia de pesquisas] IDC aponta que serão vendidos cerca de 6 milhões de computadores [no varejo] em 2009", afirma o executivo. "Queremos abocanhar uma parte desse mercado."
O lançamento da linha IdeaPad é composto de três modelos de máquina, sendo dois notebooks, que chegam ao mercado com preço sugerido entre R$ 1.799 e R$ 2.599, e um netbook - classe de computadores ultraportáteis -, por R$ 1.799.
Por enquanto, os produtos serão vendidos apenas na rede Fnac, mas Tadeu Testa, diretor de negócios de varejo da Lenovo, diz que até o fim do ano as máquinas estarão disponíveis em outras grandes redes varejistas. Na Fnac, os produtos já estão nas prateleiras.
O objetivo da Lenovo é disputar a liderança de mercado com grandes concorrentes como Positivo, Hewlett-Packard (HP) e Dell. A meta é assumir uma participação entre 12% e 15% do mercado brasileiro até 2011. A empresa, porém, não dá detalhes de sua estratégia, nem faz previsões de vendas.
A Lenovo terá um desafio pela frente, uma vez que precisa cativar o consumidor brasileiro, que não tem muito conhecimento da marca. "Faremos um trabalho junto com parceiros do varejo. Para cada ponto de venda será feito um tipo de campanha diferente", afirma Testa.
Veículo: Valor Econômico