Esse resultado se deve ao aumento das vendas para o varejo, de 16,2% em 2020, e das vendas para o mercado externo, de 11,4%. De acordo com projeções da Abia, baseada em uma recuperação econômica gradual, resultado deve se repetir em 2021
A indústria brasileira de alimentos e bebidas registrou crescimento nominal de 12,8% em faturamento em relação a 2019, atingindo R$ 789,2 bilhões, somadas exportações e vendas para o mercado interno. Esse resultado representa 10,5% do PIB nacional, segundo pesquisa conjuntural da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos. Em 2019, o setor registrou R$ 699,9 bilhões.
Descontada a inflação do período, a indústria de alimentos obteve aumento de 3,3% nas vendas reais ano passado. Na produção física (volume de produção), o setor cresceu 1,8% em relação a 2019. Esse resultado se deve ao aumento das vendas para o varejo, de 16,2% em 2020, e das vendas para o mercado externo, de 11,4%.
Em relação à geração de empregos, mesmo com o impacto da covid-19 sobre o setor de alimentos, que gerou um custo adicional de produção de 4,8% em 2020, a indústria de alimentos e bebidas criou 20 mil novas vagas diretas, alta de 1,2% em relação a 2019. O setor é o que mais gera empregos na indústria de transformação do Brasil, com 1,68 milhão de empregos diretos.
As categorias que mais se destacaram em vendas reais foram açúcares, com aumento de 58,6%; óleos vegetais, 21,2%; e carnes, 13%. Já as categorias que tiveram menor desempenho em vendas reais, foram bebidas, 8,3%; e derivados de trigo, com 1,9%.
Para 2021, considerando uma recuperação econômica gradual do país, associada à capacidade de o Brasil vacinar parte significativa da população, de modo a controlar a contaminação da covid-19, a estimativa da indústria de alimentos é de crescimento acima de 3% das vendas reais em 2021.
Para o segmento de food service, que foi um dos setores mais atingidos pela pandemia, a estimativa é fechar o ano com um movimento de recuperação, podendo chegar a 30% de participação nas vendas totais da indústria, próximo ao patamar de 2019. Nesse sentido, 2021 ainda será um ano de transição.
Fonte: Abia