Temperatura branda e falta de chuva favorecem a colheita de folhosas e legumes
A semana que marcou o fim do outono teve baixa umidade do ar, pouca chuva e temperatura mínima abaixo de 10 graus em quase todo o Estado, condições típicas do inverno. Desde o início de junho, o tempo vem sendo marcado por temperaturas pouco abaixo da média e chuva acima do normal, decorrente da passagem de frentes frias sucessivas sobre o Estado. Em associação com a queda nas taxas de evapotranspiração - menores que 2 milímetros por dia nesta semana -, isso tem mantido o armazenamento hídrico do solo acima de 60% da capacidade máxima, nível relativamente elevado para esta época do ano.
Essa condição favorece as pastagens, afetadas pelo frio intenso do início do mês, mas não é suficiente para permitir a retomada do crescimento por causa das baixas temperaturas observadas desde o início de junho. Nos pomares de uva de Jales e Fernandópolis, os produtores encontraram condições favoráveis para os tratos fitossanit ários para prevenção e controle do oídio, favorecido pela queda na temperatura das últimas semanas. Já nas parreiras de Jundiaí, Vinhedo e Indaiatuba, os produtores correm para realizar a poda de produção.
Nos canaviais o tempo favoreceu colheita e transporte e as áreas em desenvolvimento. As verduras e legumes crescem melhor sob temperatura amena e sem chuva, garantindo boa produção e facilidade na hora da venda.
No entanto, como a chuva diminui muito em São Paulo no inverno, a irrigação é essencial. O tempo também colaborou para o andamento da colheita nos pomares de laranja de Itápolis, Matão e Bebedouro; do limão taiti em Taquaritinga; do amendoim em Iacri, Tupã e Herculândia; de milho safrinha em Guaíra, Miguelópolis e Palmital; do girassol em Bariri e Botucatu; do café em Garça e Franca; da cebola em Piedade, São José do Rio Pardo e Monte Alto; da mandioca em Cândido Mota, Ibirarema e Engenheiro Coelho e do tomate em Mogi-Guaçu e Sumaré. O cultivo de adubos verdes, a correção do solo e o planejamento da próxima safra (levando em conta os custos de produção e a expectativa de preços) são atividades que já devem ser iniciadas para elevar a chance de sucesso da safra de verão, que deve ser iniciada entre outubro e novembro.
Veículo: O Estado de S.Paulo