A Yogen Früz, marca canadense de frozen yogurt, desembarca no Brasil. A meta é abrir 20 lojas até 2010
Foi numa viagem de lua de mel à China, em 2008, que o namoro começou. O casal Álvaro Araújo e Elina Magnan passeava pelas ruas de Pequim quando se deparou com uma loja da Yogen Früz, franquia que vende frozen yogurt, uma espécie de sorvete feita com iogurte. Ao voltar a Brasília, o casal comentou com os amigos Diógenes e Roberta Fernandes, também casados. No mesmo ano, os quatro amigos – de férias nos EUA – pararam em uma loja da Yogen Früz em Miami. Alguns meses depois, o namoro iniciado na China acabou em casamento: os dois casais resolveram abrir uma franquia da Yogen Früz no Brasil. “Desde 1999 havia gente querendo trazer a marca para cá”, comenta Diógenes, ex-analista de TI.
Para fincar a nova bandeira eles recolheram as economias de 20 anos, no valor de R$ 1 milhão, e abriram a empresa BSB Dairy para subfranquear lojas da Yogen Früz. Até o final de 2010, eles pretendem inaugurar 20 unidades no País, sendo as duas primeiras em setembro, uma em Brasília, e outra no Rio de Janeiro. O preço dos produtos ficará ao redor de R$ 8. “Eles apostam no mercado premium e devem concorrer com marcas como Häagen Dazs. A vantagem da Yogen Früz é o apelo saudável. Mas, ao mesmo tempo, aqui não há o håbito de consumo de iogurte fora de casa e eles terão que enfrentar isso”, explica Celso Campello Neto, professor de pós-graduação da FAAP.
Os planos são ambiciosos: com uma taxa de franquia de cerca de US$ 25 mil, os empreendedores esperam recuperar o investimento em 36 meses. Os projetos de longo prazo também são ousados. “Queremos ter 230 lojas no Brasil em dez anos. Cada franqueado investe no total R$ 180 mil – entre taxa de franquia, equipamentos e design da loja”, afirma Diógenes. A própria Yogen Früz apresenta uma trajetória de crescimento acelerado, desde 1986, quando foi criada pelos irmãos, Aaron e Michael Serruya, residentes em Toronto, no Canadá. “O negócio de frozen yogurt era um sucesso nos EUA e resolvemos trazer para o Canadá, com um empréstimo de nosso pai”, contou Aaron à DINHEIRO. “Em seis meses pagamos o empréstimo e três anos depois já estávamos inaugurando a centésima loja”. Hoje são mais de 1,1 mil pontos de venda em 20 países e faturamento de US$ 341 milhões em 2008. A meta é chegar a US$ 400 milhões nos próximos 24 meses.
Veículo: Revista Isto É Dinheiro