Caderno, lápis, borracha – e carrinhos e bonecas. A mistura de produtos combina muito bem em julho. Quando os pais vão em busca de material escolar, na "mini volta às aulas", são obrigados a levar também brinquedos – os apelos das crianças, que fazem questão de acompanhar as escolhas nas lojas, são massivos.
De acordo com o diretor de marketing da Brinquedos Estrela, Aires Fernandes, a expectativa de vendas para o mês de julho era de 8% – o índice pulou para 15%, diante do movimento positivo. "A crise financeira não corresponde à realidade da empresa."
De acordo com ele, duas linhas de brinquedos são mais vendidas: a de jogos, que normalmente fazem sucesso nas viagens de férias da família, como Detetive e Jogo da Vida. Outros produtos bastante procurados são a massa de modelar, com custo entre R$ 19,90 e R$ 49,90, e o Pim, Pam, Pum, um quebra-cabeça para crianças, a partir de três anos. "Ambos têm funções pedagógicas, e proporcionam o desenvolvimento intelectual e motor dos pequenos", detalha.
Para o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Brinquedos (Abrinq), Sinésio Batista da Costa, o crescimento de vendas em julho, em comparação a igual mês de 2008, deverá chegar a 12%. "Os jogos são os mais procurados – eles unem a família", afirma. Segundo ele, o ano será positivo para o setor. Entre janeiro e julho, a alta deverá ser de 11%. Até dezembro, a expansão poderá chegar a 20%. "Os lançamentos chegarão a 1,2 mil. O objetivo é fazer a indústria nacional vender mais do que os fabricantes chineses."
Na loja de brinquedos Semaan, na região central, as vendas tiveram alta em julho. "Entre março e abril, o movimento teve queda. Em junho, foi igual ao de 2008", afirma o diretor comercial, Marcelo Mouawad. Neste mês, a alta deverá ser de 10%. "Muita gente vem de fora de São Paulo, e de bairros distantes para fazer turismo e comprar material escolar e brinquedos. Os itens mais procurados são os das linhas Transformers, Marvel, Hot Wheels, além da Barbie. Os produtos para os bebês também vendem bastante."
Veículo: Diário do Comércio - SP