O varejo ainda está registrando crescimentos tímidos e se recupera aos poucos, já que a atividade do comércio varejista nacional cresceu 0,6% neste mês de julho, na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo o Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio. Este foi o menor crescimento dos últimos três meses, de acordo com a entidade. O indicador considera as consultas registradas à base de dados da Serasa Experian de aproximadamente 6 mil empresas do segmento.
Um dos setores que puxaram a desaceleração da atividade comercial em julho foi o de material de construção, que registrou queda de 3,2%, o motivo teriam sido as chuvas, especialmente no centro-sul do País, que impediram reformas e impactaram as vendas do mês. Os setores de veículos, motos e peças e combustíveis e lubrificantes também influenciaram o menor ritmo de crescimento no mês, pois suas atividades apresentaram recuo de 0,2% e 0,1%, respectivamente.
Por outro lado, outros setores mostraram melhor desempenho, como é o caso do incremento de 1,9% do setor de tecidos, vestuário, calçados e acessórios, que ajudou a conter a queda do índice. Segundo análise dos técnicos da Serasa, o bom resultado desse segmento pode ser explicado pela proximidade do Dia dos Pais e pelas baixas temperaturas registradas no mês passado.
Outros segmentos que registraram alta em julho foram o de supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas (0,4%) e o de móveis, eletroeletrônicos e informática (1,2%). Este último pode ser explicado pela melhora da confiança dos consumidores e das condições de crédito, além das reduções tributárias promovidas pelo governo, como o caso da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).
Mas mesmo assim este foi o menor avanço registrado no setor nos últimos três meses, o que, segundo a Serasa, pode sinalizar algum esgotamento dos estímulos positivos sobre estes produtos.
Semestre
No acumulado do semestre, a atividade do comércio varejista no País acumulou alta de 4%. Neste mesmo período, o setor das lojas de eletroeletrônicos, móveis e informática impulsionou o crescimento, com alta de 9,5%, seguido pelo segmento de veículos, motos e peças (2,3%), tecidos e vestuário.
Veículo: DCI