Henkel cresce apenas na América Latina

Leia em 2min

No segundo trimestre do ano, a América Latina se destacou no balanço da multinacional alemã Henkel, fabricante de adesivos industriais e das colas Super Bonder e Tenaz, entre outros produtos. A região elevou as receitas, enquanto Europa, América do Norte e Ásia Pacífico reduziram vendas.

 

O crescimento na América Latina, de abril a junho, foi de 3,8% e a receita chegou a € 210 milhões, graças a uma combinação de maior volume comercializado com aumento de preços. No total, as vendas da companhia diminuíram 5% em relação a igual período do ano passado, para € 3,48 bilhões.

 

Quando consideradas as vendas orgânicas, ou seja, a conta sem os efeitos de flutuações do câmbio ou de aquisições, a operação latino-americana também foi bem: cresceu 3,9%, contra quedas nas outras partes do mundo que chegaram, no caso da Ásia, por exemplo, a 10,2%.

 

Frank Liesner, diretor financeiro da Henkel na América Latina, afirma que o Brasil contribui para o maior resultado na região, mas não divulga quanto. Aqui, como no resto do mundo, os produtos de maior peso nos resultados da companhia são as colas para indústria.

 

Com a desaceleração da produção industrial em todo o mundo, as vendas orgânicas nesse segmento caíram 15,4% no segundo trimestre. Na América Latina, contudo, houve crescimento. "No Brasil, especificamente, a redução do IPI feita pelo governo impulsionou as vendas para a indústria automobilística", afirma Liesner. Adesivos para embalagens alimentícias também apresentaram bom resultado, diz.

 

No país, a Henkel também atua no segmento de cosméticos, com linhas unicamente para uso profissional. No resto do mundo, ela opera também uma divisão de produtos de limpeza

 

Em 2008, o Brasil gerou à Henkel uma receita de cerca de € 300 milhões - a América Latina toda gerou perto de € 700 milhões e a companhia, €14,13 bilhões.

 

Por aqui, a Henkel deve fechar neste ano as fábricas de Boituva e Jacareí e transferir a produção para as unidades em Itapevi e Jundiaí - todas cidades em São Paulo.

 

Até o fim deste ano, afirma Liesner, a multinacional também vai terminar de substituir o tolueno, substância que pode causar dependência química e efeitos tóxicos severos, em todas as fórmulas de cola que ainda contêm o produto, dentro do Brasil.

 

Veículo: Valor Econômico


Veja também

Lanchinho à porter.

A marca Taeq nasceu em 2006 como a etiqueta de bem-estar do grupo Pão de Açúcar. Hoje já s&a...

Veja mais
Reebok prejudica resultado da Adidas

A Adidas anunciou ontem sua segunda grande queda seguida nos lucros, com mais um prejuízo na Reebok afetando seus...

Veja mais
Hidrovia pode absorver 20% do transporte de contêineres

Até novembro, deve ser iniciada uma operação regular nas hidrovias gaúchas para o transporte...

Veja mais
De olho no futuro, Acer diversifica atuação

A fabricante de computadores pessoais Acer, terceira maior do mundo, entrará nos segmentos de televisores e leito...

Veja mais
Queda da cesta básica

A cesta básica ficou mais barata em 15 das 17 capitais pesquisadas pelo Dieese em julho, na comparaç&atild...

Veja mais
Produtores de milho arrematam R$ 26,5 milhões em subvenção para escoar a safra

Nesta terça-feira (04/08), cooperativas e produtores de milho que participaram do leilão de subvenç...

Veja mais
Otimismo para a feira de supermercados

Com ou sem crise, ninguém deixa de lado o supermercado. É com otimismo que a Associação Ga&u...

Veja mais
Brinquedos, o desafio vem da China

A proposta do segmento no Brasil é a de reduzir a participação dos chineses no mercado em 10% at&ea...

Veja mais
O que faz o Pão de Açúcar feliz

Rede cresce 154,9% no trimestre.   O grupo Pão de Açúcar registrou lucro líquido de R...

Veja mais