Açúcar branco cai depois de atingir maior cotação desde 1989

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O açúcar branco (ou refinado) caiu em Londres, empurrado pela preocupação de que a alta do produto para sua maior cotação desde pelo menos 1989 foi exagerada. O açúcar avançou em nove dos últimos dez pregões, ajudado pelas estimativas dos analistas de que haveria um agravamento do déficit de oferta mundial decorrente do efeito de fatores climáticos, como monções mais leves que o previsto, sobre a produção da Índia e o excesso de precipitações que danificaram as culturas brasileiras. A Índia é o maior consumidor de açúcar e o segundo maior produtor mundial do edulcorante, depois do Brasil.

 

O açúcar branco para entrega em outubro recuou US$ 1,90, ou 0,4%, para US$ 510,30 a tonelada na bolsa Liffe às 16:49, horário local, zerando uma alta de até 0,5%. O açúcar não-refinado (demerara) para entrega em outubro subiu 0,1%, para 19,36 centavos de dólar a libra-peso, na bolsa ICE Futures U.S. de Nova York, reduzindo uma alta que chegou a 19,55 centavos de dólar, a maior de três anos.

 

"É possível que ocorra uma correção considerável", disse David Sadler, corretor, lotado em Londres, da Sucden Financial Ltd..

 

Volumes impróprios de chuva observados em julho de 2008 reduziram os rendimentos das áreas de cultivo de cana-de-açúcar indianas, cortando à metade a produção de açúcar e transformando o país em comprador líquido do produto pela primeira vez desde a safra 2005/2006. A produção indiana cairá 44%, para 14,7 milhões de toneladas no ano-safra a encerrar-se no próximo dia 30 de setembro, disse a Associação das Usinas de Açúcar Indianas.

 

"Notícias constantes de que os preços internos da Índia estão em algumas áreas convergindo para o preço mundial" puxaram as recentes altas, segundo Sadler. "No fim de semana passado o México anunciou cota de importação de 400.000 toneladas de açúcar refinado", o que também ajudou, disse ele.

 

Usinas

 

O Grupo Equipav confirmou ontem que negocia a venda de suas duas usinas sucroalcooleiras - a Equipav, em Promissão (SP), e a Biopav, em Brejo Alegre (SP). A companhia informou ainda ter delegado o processo de venda ao banco Santander e que negocia com vários grupos interessados, entre eles a multinacional Bunge, mas sem revelar outros nomes. Com capacidade atual de moagem de 10 milhões de toneladas de cana e apesar de ter duas das mais modernas usinas do País, o braço sucroalcooleiro do Grupo Equipav sucumbiu à crise.

 

Veículo: Valor Econômico


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