Representantes dos produtores de laranja e da indústria chegaram a um consenso esta semana e decidiram enviar ofício ao Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), do Departamento de Economia, Administração e Sociologia (DEAS) da Esalq/USP, solicitando o início dos estudos para a elaboração de um contrato-padrão da citricultura, chamado de Consecitrus.
A idéia é definir parâmetros para auferir o faturamento obtido pela unidade industrial e, por meio da participação do custo de produção da laranja no custo total, determinar uma parcela do faturamento destinada ao pagamento do produtor.
A elaboração do contrato-padrão foi um dos itens aprovados na reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Citricultura, vinculada ao Ministério da Agricultura, que reuniu Associtrus, Abecitrus, Fundecitrus, representantes da Secretaria Estadual da Agricultura e do Cepea.
A discussão, mais uma vez, concentrou-se na criação de um contrato-padrão que ajuste a remuneração do produto, embasado em planilhas de custos e num levantamento de produção mais preciso. Atualmente, o setor conta com a previsão de safra divulgada pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA), mas a metodologia do órgão, que é vinculado à secretaria estadual da Agricultura e Abastecimento, é bastante contestada pelo segmento.
Enquanto o IEA aponta 354,3 milhões de caixas de 40,8 quilos na safra atual, a maioria dos produtores aposta numa safra inferior a 300 milhões de caixas.
Veículo: Valor Econômico