Álcool gel: preços sobem com procura maior

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A Loja Tudo, localizada em Moema, como o próprio nome diz, vende artigos que vão de eletrodomésticos a produtos para jardinagem, passando por games e material para iluminação. Mas não vendia álcool, de nenhum tipo. Entretanto, desde que o Ministério da Saúde passou a recomendar o uso de álcool gel para assepsia das mãos como forma de prevenir a transmissão do vírus da Gripe A, a empresa viu uma nova oportunidade de negócios e passou a oferecer também o produto, tanto na loja física quanto pela internet. De acordo com Thiago Saab, analista de marketing do estabelecimento, foi uma decisão acertada: em quatro dias foram vendidas 8 mil unidades do produto.
"A busca pelo álcool gel tem sido muito grande. Temos atualmente um estoque grande, mas encontramos dificuldade para reposição", afirma Saab. Esse mesmo problema tem sido verificado em outros estabelecimentos que vendem o produto, como supermercados, farmácias e perfumarias.

 

Reajustes – E os preços aumentam no mesmo ritmo da demanda. Para se ter uma ideia do nível do reajuste, o Ministério Público do Paraná constatou um aumento de 900% no litro do álcool gel desde que os primeiros casos da Gripe A foram registrados, há pouco mais de três meses. Antes do início surto da doença no País, o litro do álcool gel custava, em média, R$ 7. Agora, pode chegar a R$ 50.
"O aumento de preço está diretamente relacionado à lei da oferta e da procura. Como as pessoas estão mobilizadas em busca do produto e o

 

Mas, apesar de a procura ser maior do que a oferta, ele alerta que existe também um certo oportunismo por parte dos fabricantes e de alguns comerciantes. "O álcool gel normalmente não faz parte da cesta de consumo da população. Por isso, alguns fabricantes estão aproveitando o momento para alavancarem a venda, pois tão logo diminuam os casos da doença vai haver também uma queda na demanda pelo álcool gel", destaca o professor.

 

Sem impacto – De acordo com Crivelaro, o aumento de preço do produto não terá impacto sobre a inflação, pois o item não compõe a cesta básica de produtos e serviços pesquisados para os índices que medem a variação do custo de vida no País. "Mas o reajuste vai ter influência sobre o orçamento das famílias, que de repente começaram a adquirir, em grande quantidade, um produto que passou a ser considerado caro", observa.

 

Para minimizar os efeitos no bolso, o professor sugere que as famílias comprem uma embalagem grande para ser distribuída em frascos menores, para que cada pessoa utilize individualmente. De acordo com ele, comprar vários frascos pequenos elevaria ainda mais o custo final.

 

Veículo: Diário do Comércio - SP


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