Batata e cebola são as mais prejudicadas em São Paulo

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Na Ceagesp, as chuvas de terça-feira danificaram o pavilhão de melancia e abacaxi; o prejuízo superou R$ 500 mil

 

Além de prejudicar a colheita ou a qualidade das grandes culturas perenes paulistas (cana, café e laranja), as fortes chuvas no Estado voltaram a afetar o abastecimento e os preços das hortaliças, como já ocorreu em julho. Das culturas-alvo do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Cepea/Esalq) nesta frente, as mais prejudicadas em São Paulo pelo temporal de terça-feira foram a batata e a cebola.

 

No caso da batata, o problema se concentrou em Vargem Grande do Sul, principal responsável pela oferta do produto neste período do ano. Ali a colheita foi interrompida na terça e poderá ser retomada apenas amanhã, com reflexos sobre os preços. No mercado de cebola, as principais regiões fornecedoras no momento, São José do Rio Pardo e Monte Alto, limitaram a colheita desde segunda-feira, e a tendência é que os preços também tenham alta. Para o tomate, por enquanto as chuvas em Mogi Guaçu e Araguari (MG) afetaram mais a qualidade do fruto do que o volume disponível, sem influência decisiva sobre os preços.

 

No entreposto da estatal Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) na capital paulista, a batata subiu com os problemas na oferta, mas o tomate caiu por causa da retração da demanda, já que o movimento ontem foi menor do que o normal para uma quarta-feira, que é um dos dias mais movimentados. Segundo Flávio Godas, chefe da seção de economia e desenvolvimento da Ceagesp, a saca de 50 quilos da batata passou de R$ 60 para R$ 70, e a caixa de 22 quilos do tomate caiu de R$ 50 para R$ 40.

 

Problema mesmo foram os danos causados pelas chuvas no pavilhão de melancia e abacaxi, que geraram perdas de cerca de 500 toneladas, ou quase R$ 550 mil.
 


Veículo: Valor Econômico


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