TV de LCD e netbooks são aposta

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Alguns modelos de TV já estão em falta no mercado

 

As televisões fininhas (LCD) e os computadores portáteis (netbooks e notebooks) deverão ser as estrelas deste Natal. Pelo menos essa é a grande aposta dos lojistas nas encomendas de fim de ano. A proximidade da Copa de 2010, a forte renovação tecnológica das TVs e dos computadores e o dólar "barato" darão impulso para a compra desses itens, que têm boa parte de componentes importados.

 

"Se tivéssemos mais produtos, venderíamos mais", afirma Fernanda Summa, gerente de produto da área de TV da LG. Sem revelar os porcentuais, ela conta que a taxa de crescimento dos pedidos para o Natal está na casa de dois dígitos em relação ao ano anterior.

 

Por causa da crise, as indústrias foram cautelosas nas encomendas de componentes importados, especialmente os módulos de LCD. Isso explica porque há dificuldades de entrega dos modelos mais vendidos, como as TVs de 32 e 37 polegadas. Fernanda diz que essa restrição na oferta de TVs não ocorre só no Brasil. "O mundo resolveu ficar mais cauteloso na hora de fazer as projeções."

 

Paulo Ferraz, vice-presidente de Produtos de Consumo e Estilo de Vida da Philips, diz que a demanda por TVs está "melhor do que se imaginava". Ele conta que as programações dos lojistas para o fim de ano estão entre 20% e 30% maiores em relação ao mesmo período de 2008. Em abril e maio, quando a indústria fez as encomendas de componentes importados, ninguém imaginava essas taxas de crescimento. "TV de LCD virou sonho de consumo."

 

O presidente do Centro das Indústrias do Estado do Amazonas, Maurício Loureiro, prevê que o Natal deste ano será da linha marrom, que inclui os aparelhos de áudio e vídeo, apesar de o setor não contar com o estímulo de redução de impostos, como ocorre com os eletrodomésticos da linha branca. Ele confirma a falta de TVs de LCD e revela que ao longo deste ano as vendas do produto montado na Zona Franca de Manaus devem crescer 300% em relação a 2008.

 

Também os computadores, os notebooks e os netbooks estão na categoria de objetos de desejo. "Estamos ajustando as encomendas de computadores portáteis para cima. Se tivermos um cenário mais positivo, teremos dificuldades", diz o vice-presidente comercial do Wal-Mart, Marcelo Vienna.

 

A Dell Brasil, fabricante de computadores que vende seus produtos em lojas próprias e no varejo em geral, aposta num grande crescimento nas vendas de netbooks e notebooks, enquanto os desktops devem ficar estáveis.

 

Valéria Molina, diretora que responde pelas vendas do produto nas redes varejistas, diz que o crescimento dos pedidos de computadores portáteis em número de peças está na casa de dois dígitos em relação a 2008. Mas ela ressalva que a participação do produto no mercado ainda é pequena, por isso a taxa de crescimento é elevada. M.C.

 

Veículo: O Estado de S.Paulo


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