Barbie proibida para menores

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Mattel se une à Melissa para lançar no Brasil uma linha exclusiva de calçados para as consumidoras com mais de 18 anos

 

Na quarta-feira 23, a Galeria Melissa, loja encravada na sofisticada rua Oscar Freire, no bairro dos Jardins, em São Paulo, vai amanhecer vestida de rosa. A extravagância faz parte da campanha de lançamento de uma coleção de calçados inspirados no universo Barbie. Só que desta vez o alvo não são as meninas de até 12 anos que integram a lista de compradoras habituais da boneca.

 

Confeccionadas pela Melissa, as sandálias e sapatilhas foram desenhadas para mulheres acima de 18 anos, dispostas a desembolsar entre R$ 90 e R$ 140 por um calçado de PVC. Mais do que apenas um evento de celebração dos 50 anos da "fashion doll" mais famosa do planeta, a coleção marca uma mudança na estratégia comercial da Mattel, a dona da Barbie.

 

O objetivo é faturar com as consumidoras que cresceram no período em que a boneca reinava absoluta. "Nossa meta é ampliar a linha de produtos com foco no público adulto", afirma Érica Giacomelli, diretora de licenciamento da filial local da Mattel. Antes mesmo de ser oficialmente lançada, as sandálias são um sucesso. A meta de comercializar 50 mil exemplares já foi batida na pré-venda realizada há um mês, o que obrigou a Melissa a produzir, às pressas, uma nova fornada.


 

A estratégia da Mattel de diversificar seu público se deve à crise enfrentada pela própria Barbie, que recentemente completou 50 anos. A profusão de brinquedos inspirados em personagens de carne e osso, como o grupo RD B, causou um baque nas vendas da boneca.
Segundo analistas, a imagem de Barbie ficou muito vinculada ao imaginário das mães, enquanto as filhas optaram por bonecas mais "iradas" que imitam seus ídolos teens. Isso se refletiu no balanço financeiro da Mattel, especialmente nos Estados Unidos e na Europa.

 

No trimestre encerrado em junho, a receita da divisão "Girls & Boys Brands", da Mattel, caiu 25%, para US$ 540,6 milhões. Isoladamente, a Barbie obteve uma performance, digamos, menos ruim: queda de 15%. Por essa razão, passou a ser vital avançar em países emergentes. Foi por isso que Xangai, na China, foi escolhida para abrigar a maior loja da Barbie no mundo.
No Brasil, Érica Giacomelli diz que as vendas com licenciamento se mantêm crescendo no patamar de dois dígitos. São 60 empresas que estampam a grife Barbie em alimentos, roupas e eletroeletrônicos. Para os adultos, ela promete que até o final de 2009 chegarão às lojas novas linhas de agendas, cadernos universitários e bolsas.

 

Veículo: Revista Isto É Dinheiro


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