Safra menor não sustenta preço do trigo

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O Ministério da Agricultura informou, na sexta-feira, que os carregamentos de trigo americano retidos no porto de Santos (SP), no início do mês, não estão contaminados por toxinas nocivas à saúde humana. Com o aval do ministério, o produto já foi liberado para os moinhos do país.

 

A fiscalização da vigilância agropecuária internacional do ministério manteve as cargas do cereal por duas semanas, no porto paulista, para análises. Havia suspeitas de que o trigo estivesse com níveis de micotoxinas (substâncias tóxicas produzidas por fungos) além do permitido pela legislação do país. No entanto, todas as 67 amostras analisadas estão de acordo com o padrão oficial, segundo o ministério.

 
 
Dependente do trigo importado, o Brasil tem buscado o produto de outros mercados, uma vez que a Argentina, seu principal fornecedor, registrou quebra da safra por conta de problemas climáticos.

 

Em plena colheita, o Brasil também deverá registrar quebra de produção, com oferta abaixo de 5 milhões de toneladas. As lavouras do Paraná, principal Estado produtor, foram afetadas pelas chuvas e também pelo fungo brusone e giberela, o que deverá provocar perdas da produção.

 

Mesmo com a ameaça de forte quebra da safra, os preços do trigo em grão no mercado interno não reagem. No Paraná, há indicação de compra entre R$ 460 e R$ 470 a tonelada. No Rio Grande do Sul, entre R$ 390 e R$ 400, segundo a consultoria Safras&Mercado.

 

A comercialização de trigo no Brasil segue lenta, com pouco interesse dos moinhos. As compras deverão continuar da "mão para boca" durante o período de colheita.

 

Na sexta-feira, os preços futuros do trigo fecharam com forte baixa nas bolsas americanas. Em Kansas, os contratos para março fecharam a US$ 4,8575 o bushel, com recuo 14,5 centavos. Na bolsa de Chicago, os contratos para março encerraram o pregão a US$ 4,6975 o bushel, com baixa de 23 centavos. A queda dos preços reflete as chuvas beneficiando as lavouras de trigo da Índia.

 

No mercado internacional, a produção total é estimada em 664 milhões de toneladas, 3% abaixo da safra anterior, que ficou em 682 milhões de toneladas. O consumo global para este ciclo está previsto em 646 milhões de toneladas. Com isso, os estoques finais que eram de 120 milhões no ciclo 2007/08 subirão para 187 milhões para o fim desta safra. (Mônica Scaramuzzo
 


Veículo: Valor Econômico


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