Lojistas gaúchos reforçam encomendas para o Natal

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Maior oferta de crédito motiva boas perspectivas de negócios no final do ano.

 

A retomada da confiança do consumidor e o aumento das vendas eram os sinais que o varejo esperava para se preparar para um Natal melhor. Depois de um dezembro de poucos negócios em 2008, atingido em cheio pelos reflexos da crise financeira mundial, agora é a vez de reforçar os pedidos junto aos fornecedores. A expectativa da Câmara de Dirigentes Lojistas de Porto Alegre (CDL-POA) é de que o último mês de 2009 apresente um acréscimo de 6% a 7% sobre igual período do ano anterior.

 

Outros fatores ajudam a compor o cenário favorável. “O momento é muito positivo na medida em que há um ambiente estimulado também pelo crédito mais farto, taxas de juros acessíveis e prazos alongados”, diz o presidente da CDL-POA, Vilson Noer. Os sinais da retomada ganharam impulso no segundo semestre, levando inclusive algumas lojas a reposicionar a estratégia para o final de ano. Foi o que aconteceu na Casa Louro, que procurou seu principal fornecedor de calçados para ampliar a encomenda. “A indústria pediu uma programação de pedidos até o final do ano e, 15 dias após bater o martelo, notamos que seria necessário incrementar para que não falte qualquer cor ou numeração”, explica Sérgio Galbinski, diretor da Casa Louro.

 

O importante, segundo o empresário, é garantir que não falte qualquer mercadoria nas prateleiras. Em caso de sobra, promoções e liquidações de verão são uma boa alternativa para se desfazer do estoque. Fazer um novo pedido em cima da hora, segundo ele, é uma missão impossível. A Manlec também trabalha com volumes maiores de compras para atender à demanda extra de dezembro. “A estimativa é de vendas de 10% a 15% maiores do que as do Natal passado”, revela o diretor comercial Atílio Manzoli Júnior. Segundo ele, a tendência é que os consumidores mantenham um dos hábitos adquiridos durante a crise: comprar à vista.

 

Na Rainha das Noivas, os pedidos são 10% superiores aos realizados em 2008, o que deve resultar em um incremento de 12% nas vendas, o que inclui também o reflexo da expansão da rede. Os preços devem se manter semelhantes aos do ano passado. “Como aumentamos o volume de compras, negociados para garantir a manutenção do preço”, explica o superintendente Luiz Roberto Rodrigues.

 

Os índices também são otimistas no setor supermercadista. A Associação Gaúcha de Supermercados (Agas) projeta um incremento médio de 5%, mas ressalta que algumas empresas devem trabalhar com índices acima do geral. O presidente da Agas, Antônio Longo, acredita que a concorrência entre fabricantes ajude a incrementar os negócios. No caso dos panetones, por exemplo, a entrada da Nestlé no mercado deverá intensificar os negócios. A previsão das indústrias fabricantes do produto é vender 15% a mais do que o comercializado em 2008.

 

O Walmart reforçou em 10% os pedidos de panetones. Também ampliou o volume de frutas em caldas, cujas vendas devem crescer 15%. Categorias de menor impacto, como ingredientes usados para receitas - caso de batata palha e castanha - tendem a aumentar em até 20% a comercialização. E tudo isso deve chegar às prateleiras mais cedo. “Antecipamos para que o consumidor tenha um período para pesquisar preços e produtos para então decidir as compras”, diz Luciano Sessim, diretor comercial de mercearia do Walmart.

 


Veículo: Jornal do Comércio - RS


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