A Justiça homologou o processo de recuperação judicial da Indústria de Alimentos Nilza, uma das maiores produtoras de leite longa vida do País. A decisão ocorre mesmo sem um consenso entre os credores que votaram, na última assembleia, pela avaliação do plano proposto pela companhia. Na decisão, tomada na quarta-feira e divulgada na sexta, Batista informa que a homologação "significa referendar a vontade de ampla maioria dos credores".
O plano foi rejeitado pela maioria dos credores na Nilza com garantias reais, ou 66,66% dos que votaram na assembleia realizada no último dia 15 de outubro. No entanto, para justificar a decisão pela homologação, o juiz Heber Batista lembra que a proposta foi aceita pela totalidade dos credores trabalhistas e pela maioria dos sem garantias reais, os quirografários.
Com uma dívida de R$ 340,87 milhões - R$ 218,04 milhões sujeitos a recuperação judicial - a Nilza entrou com o pedido de recuperação judicial em 27 de março deste ano e usou as crises internacional e do setor lácteo, além da falta de capital de giro, como justificativas para o pedido. Com a aprovação, a companhia quitará o valor devido aos credores com garantia real em 20 parcelas trimestrais de R$ 949,41 mil cada, com carência de dois anos e correção pela taxa de juros de longo prazo (TJLP).
Veículo: Jornal do Commercio - RJ