Supermercados terão até 30% mais importados neste Natal

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O setor supermercadista está pronto para fazer, neste ano, o Natal dos importados na área de alimentação e presentes, com aumento de 30% nas ofertas de produtos como vinhos, espumantes, queijos, frutas secas, brinquedos e vestuário, comprados em países do Mercosul, nos Estados Unidos, na Europa e na China. A expectativa dos varejistas é aproveitar as compras antecipadas feitas com o dólar baixo, a R$ 1,70, e brigar por uma fatia do 13° salário que dará impulso na economia, ao incrementar a renda do consumidor no fim de ano. A meta dos supermercadistas é comercializar esses produtos para a ceia de Natal, por serem os mais vendidos durante as festas de fim de ano.

 

No Grupo Pão de Açúcar, a valorização do Real poderá influenciar na baixa dos preços de algumas categorias, sendo a previsão de um incremento nas ofertas de 10 a 30% maiores, como queijos; bacalhau e frutas secas. "São produtos mais caros, consumidos, principalmente pelas classes A e B, mas com oferta maior pode a uma popularização", disse Sandro Benelli, diretor de Global Sourcing do Grupo. "Esses produtos tiveram crescimento na demanda, por isso vamos aproveitar a estabilidade da moeda americana para alimentar o mercado. Em algumas categorias como vinhos sul-americanos projetamos crescimento de 100%, no mínimo. Esses produtos sazonais sempre apresentam incremento de última hora. Por isso já estamos preparados para atender às vendas deste fim de ano", diz Benelli.

 

Terceira rede do segmento no ranking da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), o grupo Walmart, atrás apenas da rede Carrefour e do Grupo Pão de Açúcar, também aposta na venda de alimentos importados do Chile, Argentina e Estados Unidos. Na categoria frutas secas, 50% dos produtos marca própria embalados da rede são provenientes da Argentina e Chile.

 

Neste ano, o Walmart registra um forte apelo aos potes de Mix de Frutas Secas e Pratos de Frutas Secas Premium. Devido às inaugurações de novas lojas e das melhores condições de custo dos importados, o volume de itens tende a aumentar cerca de 20% em comparação com o Natal de 2008. Toda a categoria está com preços, em média, 20% menores do que os praticados em 2008.

 

Durante evento realizado na última semana, o presidente da Abras, Sussumu Honda, afirmou que a participação dos importados no faturamento do setor deverá, este ano, superar 3%, o que significaria retomar o patamar registrado em 2007. Ano passado houve recuo em razão da alta do dólar, que superou R$ 2,30.

 

Para este ano a Cooperativa de Consumo (Coop), que pretende faturar R$ 1,4 bilhão, vai aumentar em 20% a quantidade de alimentos importados em suas gôndolas, diz Valdomiro Sanches Bardini, gerente de operações da empresa. "As importações neste ano são maiores porque a Coop faz parte da Rede Brasil de Supermercados (RBSM) - central de compras e importação -, que possibilita às empresas obter melhores condições de negociação ao comprar volume maior de produtos".

 

Presentes e decoração

 

Na categoria presentes, os brinquedos estarão entre os produtos mais ofertados nos supermercados para este final de ano. A previsão dos varejistas é que a demanda aumente até 30% em relação ao terceiro trimestre do ano passado. Para garantir a oferta destes itens nas prateleiras, supermercadistas aumentaram os itens na mesma proporção, com importação de produtos chineses nesta categoria.

 

"No Grupo Pão de Açúcar, a grande expectativa para as festas de fim de ano são realmente os brinquedos, que representam entre 25 e 30% das vendas para o Natal, em todas as bandeiras da empresa", conta o diretor de Global Sourcing da rede.

 

Para o Walmart a venda de artigos importados será aquecida, pelo fator dólar que proporcionará à rede ampliar em 20% a oferta de brinquedos para presentes no Natal. A perspectiva é crescimento também 20% nas vendas, superior em comparação com o Natal do ano passado, segundo Marcelo Vienna, vice-presidente comercial da rede. Outra aposta do Walmart Brasil, em produtos importados para o Natal são as novidades em artigos decorativos, que crescerão em 50%, neste ano. Desde setembro, as lojas Walmart e Sam's Club oferecem fitas, enfeites e enfeites de portas, com motivos natalinos.

 

Procurada pela reportagem, a rede Carrefour não informou sobre os produtos importados que oferecerá neste Natal.

 

Expansão

 

De olho nas vendas para o final do ano, o Sonda Supermercados fará, no próximo domingo (8) a inauguração de uma nova loja na Pompéia, zona oeste da capital paulista. Segundo a empresa, a loja vem para preencher uma lacuna na região, após quatro anos de fechamento do antigo ponto de vendas no Shopping Bourbom, ao lado do clube Palmeiras. A nova unidade Sonda terá 3.500 m² de área de vendas e consolidará a 23ª unidade da rede, que pretende fechar o ano de 2009 com crescimento de 30% nas vendas sobre o ano de 2008, quando a empresa faturou R$ 1,5 bilhão. A unidade terá um mix de mais de 25 mil itens distribuídos nas seções de importados, hortifruti, confeitaria, mercearia, açougue, peixaria, padaria e frios.

 

As principais redes de supermercados, como Grupo Pão de Açúcar e Walmart, estão animadas com a possibilidade de aumentar até 30% as vendas de produtos para a ceia de Natal e para presente com mercadorias compradas no exterior. Segundo Sussumu Honda, presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), o aumento do volume de itens importados que serão oferecidos nas gôndolas é fruto da valorização do real frente ao dólar, que fechou ontem em 1,728.

 

O Grupo Pão de Açúcar prevê aumento nas vendas de bebidas importadas e espera aumento na venda de vinhos comprados na Argentina e no Chile, produtos que deverão ter procura 100% maior do que no ano passado. Já o Walmart investe na venda de brinquedos e artigos para decoração natalina, que são comercializados pela rede desde setembro. O grupo também aposta na venda de alimentos como queijos, azeites e bacalhau.

 


Veículo: DCI


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