Carbono e Bertin unem-se e farão produto químico 'verde'

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A Carbono Química e a Bracol Oleoquímicos, empresa do Grupo Bertin, acabam de fechar uma parceria para a produção de ácido dimérico - produto químico proveniente de fonte renovável, derivado de uma mistura de óleos vegetais e gorduras naturais - o que resultará em uma linha de produção de "oleoquímica verde", que é inédita no Brasil.

 

Esses produtos químicos serão utilizados nos segmentos de resinas, tintas, limpeza doméstica, lubrificantes, graxas e até mesmo, no médio prazo, cosméticos.

 

"É uma parceria que envolve divisão de custos e de lucros sob a linha de produção do ácido dimérico. Ela não é uma sociedade, é uma divisão de riscos e lucros", esclarece o a diretora presidente da Carbono, Vera Gabriel, em entrevista exclusiva ao DCI.

 

De acordo com o diretor de desenvolvimento da Carbono, Rodrigo Gabriel, a produção será feita na planta da Bracol, já que a companhia tem acesso à matéria-prima exatamente porque já negocia muito com produtos como sebo natural e óleo vegetal. "Nós temos a tecnologia e a comercialização. Já sabemos onde vender. Há três anos estamos garimpando informação nesse mercado. Vamos congregar o acesso a matérias-primas e instalações industriais da Bertin aos nossos desenvolvimentos tecnológicos e presença comercial no setor químico", afirmou Gabriel.

 

"Este acordo pioneiro reforça o interesse do Grupo Bertin na área da oleoquímica verde, que corrobora o compromisso do grupo com o desenvolvimento de tecnologias sustentáveis em suas várias áreas de atuação", disse o diretor executivo da Bracol, Rogério Barros, em nota sobre a parceria.

 

De acordo com o executivo da Carbono, a produção deverá ser iniciada no prazo de três meses, já de olho em uma possível exportação para grandes mercados como a Europa e os Estados Unidos. "A nossa intenção é exportar se houver escala. Está na nossa mira", disse Gabriel.

 

De acordo com ele, a exportação pode ocorrer ainda em 2010. "É um projeto no qual trabalhamos há quase três anos, mas a nossa escala ainda é muito pequena. Estamos falando de exportações na casa de 60 a 100 toneladas por mês", especifica.

 

Gabriel explica que o grande reduto da produção mundial do ácido dimérico hoje está na Malásia, onde ele é produzido a partir do óleo de palma. Mas para a indústria alimentícia o ácido dimérico é um produto essencial porque ele é livre de gordura trans. "Por conta disso, o mercado de tintas, lubrificantes e adesivos começa então a procurar outro fornecedor. Nós não produzimos a partir da palma, mas a partir de uma mistura de outros óleos vegetais. Isso nos torna então uma alternativa, um futuro fornecedor em potencial", afirma Gabriel.

 

O produto

 

Gabriel explica que o ácido dimérico, base dos produtos da linha de oleoquímicos, serve como produto final e como matéria-prima. Ele é muito utilizado no mercado de adesivos, de lubrificantes e principalmente no de tintas. "No caso da Carbono, vamos usá-lo das duas formas: vendê-lo como produto final e também usá-lo como insumo porque a partir dele conseguimos evoluir para poliamida, que é uma resina, um polímero que vai muito para o mercado de tintas imobiliárias, tintas gráficas e tinta em pó", exemplifica o executivo.

 

"A nossa meta é que a nossa produção chegue a representar 10% do faturamento da companhia."

 

A Carbono

 

A parceria fechada com o Grupo Bertin respalda a meta da até então distribuidora Carbono Química de faturar R$ 185 milhões no ano focada na sustentabilidade da indústria química, além de agregar produtos ao seu portfólio de mais de 150 itens. A fatia de mercado da empresa chega a 15% na venda de insumos como aguarrás mineral, hexanos e outros solventes hidrocarbônicos.

 

"Começamos como distribuidora de solventes, continuamos ainda atuando nesta área, mas atualmente a Carbono já é a segunda maior empresa desse mercado em volume e estamos agora investindo em produção", disse Vera, presidente da companhia.

 

No começo de 2008, a Carbono fechou também parceria com a Total Special Fluids, empresa subsidiária da francesa Total para a produção de hidrogenados em alta pressão, que quebra os anéis aromáticos do benzeno. O resultado é um solvente com nível aromático muito baixo que hoje não é disponível no mercado brasileiro na mesma dimensão. "Não tem precedente de produção brasileira. São produtos que tem um pedaço da linha que embora seja de origem petroquímica é biodegradável", afirma Gabriel.

 

A Carbono Química e a Bracol Oleoquímicos, empresa do Grupo Bertin, produzirão juntas o "oleoquímico verde", inédito no Brasil. A parceria é para a produção de ácido dimérico - produto químico de alta tecnologia proveniente de fonte renovável, derivado de uma mistura de óleos vegetais e gorduras naturais.

 

Esses produtos químicos serão utilizados nos segmentos de resinas, tintas, limpeza doméstica, lubrificantes, graxas e, no médio prazo, até mesmo cosméticos. "É uma parceria que envolve divisão de custos e de lucros sob a linha de produção do ácido dimérico. Não é uma sociedade", esclarece o a diretora presidente da Carbono, Vera Gabriel, em entrevista exclusiva ao DCI.

 

De acordo com o diretor de Desenvolvimento da Carbono, Rodrigo Gabriel, a produção será feita na planta da Bracol, porque a companhia tem acesso à matéria-prima por já negociar produtos como sebo natural e óleo vegetal. "Vamos juntar o acesso a matérias-primas e instalações industriais da Bertin aos nossos desenvolvimentos tecnológicos e à nossa presença comercial no setor químico", afirmou Gabriel.

 

"Este acordo pioneiro reforça o interesse do Grupo Bertin na área da oleoquímica verde, que corrobora o compromisso do grupo com o desenvolvimento de tecnologias sustentáveis em suas várias áreas de atuação", disse o diretor executivo da Bracol, Rogério Barros, sobre a parceria com a Carbono Química.

 


Veículo: DCI


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