Estourou no Nordeste

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A região faz da filial brasileira da americana Forever Living, fabricante de cosméticos, a operação mais rentável da companhia - US$ 2,5 bilhões é a receita global da empresa obtida com produtos feitos à base de aloe vera, a popular babosa

 

Em diversas culturas, a águia é retratada como um animal dotado de inteligência, tenacidade e força. Foram esses atributos que levaram a direção da americana Forever Living a escolher o pássaro como seu símbolo.

 

Fundada em 1978, a fabricante de cosméticos e complementos alimentares à base da planta aloe vera (a popular babosa) se transformou em uma gigante do segmento de vendas porta a porta, com receitas anuais de US$ 2,5 bilhões.

 

O Brasil tem sido decisivo nos ambiciosos voos da companhia. Em 2008, a filial nacional, com vendas de R$ 180 milhões, destronou o Japão do topo dos 130 países onde a marca está presente. O segredo? O bom desempenho junto aos consumidores do Nordeste, responsável por 30% dos negócios realizados no País.

 

"O Brasil e o Nordeste em particular têm sido uma fonte de boas notícias para a companhia", disse à DINHEIRO Gregg Maughan, presidente da Forever Living e filho caçula do fundador, Rex Maughan. Um dado curioso é que a empresa jamais investiu um centavo sequer em ações de marketing.

 

"Nosso grande trunfo continua sendo a propaganda boca a boca", afirma Maughan. Apesar de ter desembarcado no Brasil em 1996, a Forever Living começou a deslanchar para valer no final de 2006, com a abertura de uma filial no Recife (PE).

 

Os escritórios em Salvador (BA), Natal (RN ) e São Luís (MA ) foram abertos na sequência e ajudaram a marca a ficar mais perto dos revendedores. Isso também facilitou o recrutamento de novos parceiros, jovens e donas de casa interessados em incrementar a renda vendendo produtos que custam entre R$ 8,76 e R$ 99,76. Esse exército soma 800 mil pessoas.

 

O bom desempenho da subsidiária está relacionado também à mudança de postura dos executivos locais. Em vez de simplesmente traduzir os manuais enviados pela matriz, eles apostaram na tropicalização do sistema de treinamento. "Mudamos desde a forma de os revendedores falarem sobre os produtos até a abordagem com os clientes", diz Fernando Junqueira, responsável pela Forever Living Brasil.

 

Veículo: Revista Isto É Dinheiro


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