Faturamento desses produtos cresceu 7% e atingiu 49,3% da população brasileira.
Grupo Carrefour possui, nas gôndolas, cerca de 1,4 mil itens de marca própria
Depois de registrar aumento de 7% em faturamento em 2009 e de conquistar o carrinho de compras de 49,3% da população brasileira ou 18,2 milhões de consumidores no primeiro semestre deste ano, a quarta geração dos produtos de marca própria (alimentos, medicamentos, têxteis e eletrônicos), com mais de 55,752 mil itens disponíveis, quer mais. A participação desse segmento no setor de autosserviço no primeiro semestre de 2009 foi de 5,6% e a projeção para 2010 é ainda mais otimista.
Divulgado dia 16, o 15º Estudo Anual Nielsen, fruto de uma parceria entre a Associação Brasileira de Marcas Próprias e Terceirização (Abmapro) e da Nielsen Company, apontou que a quantidade de itens de marcas próprias nas gôndolas e prateleiras cresceu 22,7% neste ano. A consulta foi realizada entre agosto de 2008 e julho deste ano, com 684 empresas de autosserviço, das quais 165 (24%) oferecem esses produtos.
De acordo com a sociafundadora, diretora e coordenadora do Comitê de Marketing Comercial da Abmapro, Loredana Lacava, a evolução dos produtos marca própria é o que explica o nível de incremento registrado em 2009 apesar da crise financeira mundial.
"Os produtos marca própria têm pai e mãe: o detentor da marca e a indústria. Diferente do passado, hoje esses dois setores investem em conceitos de produtos, inovação, embalagem e atendimento das necessidades dos consumidores", afirmou.
Ainda de acordo com Loredana Lacava, há alguns produtos marca própria que têm uma formulação específica, sem similares das outras, tradicionais. Essa é parte da estratégia utilizada para modificar a imagem dessas mercadorias e torná-las competitivas e atraentes também no pós-crise financeira mundial.
Segundo a pesquisa, os produtos de consumo básico ainda são os mais procurados. Entre eles, leite asséptico, óleo vegetal e azeite, papel higiênico, arroz, açúcar, bolachas e biscoitos, feijão, pães e bolos, iogurtes e panetones. Juntas, essas categorias somaram R$ 786,9 milhões em vendas no autosserviço.
Entretanto, o estudo mostra que eletrônicos e têxteis também estão ganhando a preferência e a confiança do consumidor final. No primeiro caso, o número de itens disponíveis passou de 605 para 1,122 mil, o que representa um salto de 85,5% a mais de ofertas em acessórios para computadores, rádios e TV, pen drives, mouses, teclados, entre outros. "São produtos com maior valor e essa preferência sinaliza para a confiança do consumidor", afirmou. Já o segundo grupo registrou incremento de 48,2%, passando de 16,484 mil itens para 24,426 mil produtos disponíveis.
Veículo: Diário do Comércio - MG