O sabor das frutas secas está de volta à mesa do brasileiro

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Com preços menores, frutas secas devem incrementar ainda mais as festas de fim de ano dos brasileiros. A maior parte dos atacadistas e supermercadistas consultados, na semana passada, acredita em um aumento nas vendas desses produtos em razão da valorização do real, que reduziu os preços dos itens importados.
 


A rede de supermercados Walmart, por exemplo, que importa metade das frutas secas do Chile, da Argentina e dos Estados Unidos, deve vender 20% a mais neste fim de ano em comparação com igual período do ano passado. Os preços também devem ser 20% inferiores em relação a igual período de 2008. A colocação no mercado de embalagens, como potes e pratos com mix de frutas secas, com mais valor agregado, também vai contribuir para as vendas destes itens. 
 


Em atacados da Rua Santa Rosa, na zona cerealista de São Paulo, os empresários dividem opinião. Antonio Carvalhal, da Casa Flora, acredita que haverá crescimento nas vendas de frutas secas por conta do preço mais baixo, a partir do início de dezembro. A aposta é de um aumento de 70% em relação ao volume vendido mensalmente ao longo do ano.
 


A farmacêutica Ana Helena já fazia pesquisa de preço no estabelecimento. "Não fico sem nozes no Natal e minha mãe gosta de avelã, damasco. Mantenho a tradição", garante.
 


No entanto, outros empresários como Enoedson Parreira, do Laticínio Sabor, aposta em ceias de Natal com menos nozes e castanhas, apesar de o preço das frutas secas estar mais baixo. Neste ano, ele vende o quilo de nozes com casca por R$ 12,90. Em 2008, estava R$ 15,90. "A população se endividou com financiamentos. Ainda não vi o reflexo do impacto do 13º dos aposentados", diz. "Deve ser o pior fim de ano para a venda de frutas secas". Parreira está há oito anos à frente do estabelecimento.
 


Mas a dona de casa Maria Isabel Tomaz é um exemplo oposto do que o comerciante pensa. Ela pesquisava preços e gostou do que viu. "O valor está ótimo. Neste ano a mesa de Natal vai ter mais nozes e castanhas", assegura. "Não fico sem e com esse preço, a decoração vai ser incrementada. A família, são 14 no total, vai comer mais."
 


A rede de doceria Ofner aposta em incremento nas vendas de doces, como o panetone stolen (panetone alemão) e o lançamento do bolo genovês, produzido com frutas secas, em cerca de 8%. A Ofner aposta tanto no crescimento das vendas que só de frutas cristalizadas foram encomendadas 50 toneladas e mais 10 toneladas de castanha, nozes e afins.
 


O diretor comercial da rede, Laury Roman, afirma que alguns ingredientes tiveram os preços reduzidos, mas os produtos da empresa não terão os preços mais baixos que no ano passado. Os valores estão 4,5% superiores. Contribuíram para o aumento, o dissídio da categoria e o preço do açúcar, que  dobrou em relação a 2008. Apesar disso, Laury está otimista com as vendas.

 

Veículo: Diário do Comércio - SP


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