Falência de empresa não é razão para sócio-avalista se livrar de pagar nota promissória. Com esse entendimento, a Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve decisão que permitiu a arrematação de um imóvel da massa falida do Supermercado Gomes Ltda., para o pagamento da dívida.
Após ação de execução proposta pelo credor, que resultou na penhora e posterior arrematação de imóvel, o avalista entrou na Justiça com pedido para anular a arrematação. Segundo a defesa, a falência fora decretada antes mesmo da distribuição da execução. Mesmo assim, um imóvel de propriedade do avalista foi penhorado e arrematado.
Em primeira instância, a ação de anulação de ato jurídico foi julgada improcedente. A massa falida apelou, mas o Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ-SC) negou provimento ao apelo. Houve, então, recurso ao STJ. A Terceira Turma não conheceu do recurso especial, mantendo a validade da arrematação, ao afastar as alegações. "O fato do sacador de nota promissória vir a ter sua falência decretada, em nada afeta a obrigação do avalista do título, que, inclusive, não pode opor em seu favor qualquer dos efeitos decorrentes da quebra do avalizado", considerou a ministra Nancy Andrighi, relatora do caso.
Veículo: Jornal do Commercio - RJ