As perdas nos supermercados superaram em cerca de R$ 100 milhões a margem de lucro das grandes redes em 2009. Enquanto o retorno dos negócios representou R$ 4 bilhões (2,30%) dos R$ 177 bilhões faturados no ano passado, os prejuízos com quebras, furtos e produtos estragados ficaram em R$ 4,1 bilhões (2,33%).
Uma pesquisa feita pela Abras (Associação Brasileira de Supermercados) mostrou que o índice de perdas foi menor do que em 2008 (2,36% do faturamento total), mas maior do que nos anos anteriores. Em 2007, o índice médio de perdas foi de 2,15%; em 2006, de 1,97%; em 2005, de 2,05%; em 2004, de 1,78%; e em 2003, de 2%.
Sussumu Honda, presidente da entidade, diz que esse tipo de prejuízo causa um grande efeito em toda a cadeia de mercados, dos produtores aos consumidores.
- As perdas do nosso setor são maiores do que as nossas margens de lucro, que ficaram em 2,30% em 2009. As perdas prejudicam todos os agentes da cadeia econômica, desde os produtores até os varejistas e, principalmente, a própria sociedade.
A principal causa de perdas para os supermercados continuam sendo as quebras operacionais, que responderam por 51,5% das perdas nos supermercados. Em 2008, essas perdas representavam 46,4% do total.
Os furtos (tanto externos quanto internos) apresentaram recuo em relação ao ano anterior, passando de 35,5%, em 2008, para 28,3% das perdas, no ano passado. Separadamente, os furtos internos representaram 14%, e os externos, 14,3%.
Os produtos com validade vencida representaram quase um em cada três (31%) itens perdidos. De acordo com os números da Abras, o índice de perdas em perecíveis alcançou, em 2009, 4,07% do total de vendas da cesta. Em 2008, esse número foi ligeiramente maior: 4,44%.
A pesquisa foi feita em parceria com a consultoria Nielsen e o grupo de prevenção de perdas do Provar-FIA (Programa de Administração do Varejo da Fundação Instituto de Administração
Veículo: Portal R7