Em dezembro, houve alta real de 1,54% em relação ao mesmo mês do ano anterior e 30,01% se comparada a novembro de 2011.
O Índice Nacional de Volume Nielsen, realizado especialmente para a Abras, fechou com crescimento de 1,8%.
E o índice AbrasMercado, cesta de 35 produtos de largo consumo, realizado pela GfK, apresentou crescimento acumulado de 3,78% em 2011.
As vendas acumuladas do setor supermercadista em 2011 cresceram 3,71%, em relação a 2010, de acordo com o Índice Nacional de Vendas, divulgado mensalmente pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras).
No mês de dezembro, a alta real foi de 1,54%, em relação ao mesmo mês do ano anterior, e de 30,01%, se comparada a novembro de 2011. Esses índices já foram deflacionados pelo IPCA do IBGE.
Em valores nominais, o Índice de Vendas da Abras apresentou crescimento acumulado de 10,58% em 2011, na comparação com 2010. No mês de dezembro, a variação nominal foi de 8,14%, em comparação ao mesmo mês do ano anterior, e de 30,66%, em relação ao mês anterior.
“O aumento de 30,01% em relação às vendas do mês anterior já era esperado, afinal, dezembro conta com as vendas das festas de final de ano. O acumulado do ano de 3,71% confirma a tendência de acomodação do mercado com crescimento constante, mas moderado. O resultado é bom, porque integra a série de cinco anos consecutivos de resultados positivos para o nosso setor”, avalia o presidente da Abras, Sussumu Honda.
AbrasMercado: indicador apresenta crescimento acumulado de 3,78% em 2011
Em 2011, o AbrasMercado, cesta de 35 produtos de largo consumo, analisada pela GfK, apresentou crescimento acumulado de 3,78%, valor abaixo do registrado pelo IPCA, que variou no mesmo período 6,5%. Em 2010 a variação apurada pelo AbrasMercado foi de 17,40%.
Em dezembro, o AbrasMercado apresentou alta de 2,23%, em relação ao mês anterior, a maior variação positiva registrada em 2011, decorrente especialmente pela festas e feriados de final de ano. Em valores nominais, a cesta AbrasMercado passou de R$ 307,04, em dezembro de 2010, para R$ 318,64, em dezembro último, uma variação de 3,78%.
Em dezembro de 2011, os produtos com as maiores altas foram: feijão, com 7,37%; sabonete, com 6,10%, carne traseiro, com 6,02%. Já os produtos com as maiores quedas de preços acumuladas em 2010 foram: cebola, com -7,24%; farinha de mandioca, com -4,7%, batata, com -3,77%; tomate, com -3,38%.
Em todo o ano de 2011 (valores acumulados), os produtos com as maiores altas de preços foram: café torrado e moído, com 25,7%; sabonete, com 20,1% e margarina cremosa, com 14,5%,. Já os produtos com as maiores quedas de vendas acumuladas em 2011 foram: batata, com -5,4%; biscoito maisena, com -3,8% e arroz, com -3,1%.
Volume de vendas cresce 1,8% em 2011
De acordo com o Índice Nacional de Volume, pesquisado pela Nielsen para a Abras, o autosserviço brasileiro apresentou, no ano de 2011, crescimento de 1,8% nas vendas em volume, em comparação a 2010, quando a variação foi bem maior (6,7% em 2010, em relação a 2009).
Em termos de categorias, mais uma vez desponta a cesta de bebidas alcoólicas como a principal responsável pelo crescimento do consumo (+5,7%), seguida pela cesta de perecíveis, com 4,0%. A cesta de bebidas não alcoólicas teve crescimento de 2,7% no volume de vendas; higiene e beleza, 1,8%; mercearia doce, 1,0%, e outros, que contém principalmente produtos de bazar, 1,0%; limpeza caseira, 0,4%; mercearia salgada é a única que apresenta queda, com -0,9%.
Em 2011, supermercados com mais de 20 check-outs e os de pequeno porte com até 4 check-outs foram os que apresentaram maior crescimento, 2,5% e 2,7%, respectivamente, seguidos pelos de 5 a 9 check-outs, com +1,1% e de 10 a 19 check-outs com 0,9%.
Entre as regiões pesquisadas, a área III (Grande Rio de Janeiro) despontou com crescimento de 7,9% em 2011, em relação a 2010. Na sequência vem a área VII (Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal), com 3,5%; a área VI (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, com 3,4%, área I (Ceará até Bahia), com 2,5%; área II (Espírito Santo, Minas Gerais e Interior do Rio de Janeiro), com 1,7% e área IV (Grande São Paulo), com 0,5%. Apenas a área V (Interior de São Paulo + litoral) teve retração no volume de vendas de -1,8%.
Os produtos que apresentaram maior crescimento em volume vendido em 2011 foram vinho, 34,9%; suco de frutas pronto para consumo, com 15,9%; bebida a base de soja, com 13,6% e chocolate, com 11,1%. As maiores quedas aconteceram nos seguintes produtos: sabão em barra, com -13,2%; pilha seca, com -8,0%; farinha de trigo e óleo e azeite (ambas com -7,7%); leite condensado, com -5,1%; e arroz, com -4,7%.
Fonte: Departamento de Economia e Pesquisa da Abras/Portal Abras