Lojas de menor porte registram salto acima da média do setor

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Bandeiras que enfocam os negócios nos consumidores de vizinhança e trabalham com lojas entre 200 m² e 400 m² são a nova aposta do setor supermercadista. É o que aponta o último levantamento divulgado pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras).

De acordo com os dados da pesquisa realizada pela consultoria Nielsen, o Índice Nacional de Volume fechou o ano de 2011 com crescimento de 1,8%, enquanto as redes com formato de 1 a 4 checkouts (caixas) apontam alta acima da média, de 2,5%, e ficam ainda atrás apenas dos hipermercados, com mais de 20 caixas, que crescem 2,7%.

De acordo com Sussumu Honda, presidente da Abras, os resultados são reflexo da tendência que começa a se estabelecer em grandes cidades, nas quais a verticalização desacelera a expansão em unidades de lojas e a mobilidade limita os consumidores aos bairros mais próximo. "Os pequenos formatos são alternativas para grandes redes, como Carrefour e Grupo Pão de Açúcar (GPA). Hoje o mercado está saturado, e abrir lojas grandes nem sempre é garantia de rendimento", aponta. "Por isso, elas invesrem em bandeiras como Dia e as pequenas da rede Extra."

Ainda segundo o executivo, outro fator que influencia o crescimento das menores lojas é a transformação dos hipermercados. Embora esse modelo continue forte, seu raio de ação diminuído nos últimos anos. "Antes o modelo atendia o público em até 10 km, mas agora o que se tem notado é que os consumidores fogem das grandes avenidas onde esses pontos estão localizados", analisa.


Consumo

A Abras espera um crescimento de 3,5% a 4% no faturamento do setor para este ano de 2012, enquanto 2011 registra alta de 3,71%. Enquanto isso, o volume de vendas deve aumentar em menor escala - o que se explica pelo aumento dos preços dos produtos, que sobem o faturamento e diminuem o consumo -, entre 2% e 3% ante 1,8% no ano passado.

Os resultados são menores com relação a 2010, quando o volume teve alta de 6,7%. "Mas com as medidas do governo, como o aumento do salário mínimo que deve ser sentido a partir do segundo semestre, os resultados avançam, mas temos percebido uma tendência de acomodação do consumo no setor", garante Honda.


Veículo: DCI


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